O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) escapou do ataque de Israel à flotilha humanitária que levava ajuda à Gaza. Nove ativistas morreram na ação, ocorrida ontem. Segundo Suplicy, o convite para participar da flotilha partiu do Free Gaza Movement, no início do ano. O senador ficou animado. “Tenho um histórico de participação neste tipo de ação. Já tinha ido a Israel para falar sobre o meu projeto, o Renda Mínima”, contou.

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Antes de aceitar a oferta, no entanto, Suplicy consultou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a possibilidade de se ausentar durante duas semanas entre maio e junho. Ouviu como resposta um sonoro não. Motivo: os projetos de lei do pré-sal seriam votados no mesmo período.

Cauteloso, Eduardo Suplicy resolveu obedecer à recomendação com medo de uma eventual derrota do governo ser atribuída a ele. “Vai que o governo perde por um voto. A culpa ia ser minha, e o presidente Lula ia ficar bravo comigo”.

Ao ser informado sobre o ataque, Suplicy garante que não lhe passou pela cabeça que poderia ser uma das vítimas. “Eu não tenho perfil de alvo. Por que iam me matar? Olhem para mim”.

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Suplicy conta que, agora, pretende agradecer de alguma forma a sorte de não ter ido à Gaza. Ele descartou acender uma vela para Jucá, mas prometeu defender com mais afinco os projetos de lei do pré-sal. “Melhor será se eu puder destinar parte do Fundo Social (um dos projetos do pré-sal) para o Renda Mínima”.