Pré-acordo é 1º passo para aliança nacional, diz Temer

Nem mesmo as divergências nos Estados entre o PT e o PMDB e a resistência da cúpula peemedebista em São Paulo impediram a parceria dos dois partidos em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos itens do pré-compromisso de apoio selado ontem, durante jantar no Palácio da Alvorada, dirá que as seções regionais das duas legendas serão consultadas sobre a aliança. “Temos de prestar atenção às questões regionais, mas demos aqui o primeiro passo para a consolidação de uma aliança nacional”, afirmou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

“Vamos tentar reproduzir esses pré-acordos nos Estados para que depois se tornem um compromisso definitivo”, afirmou Temer, o mais cotado para a vaga de vice na chapa governista. Na prática, a coligação oficial somente será aprovada após passar pelo crivo das convenções do PT e do PMDB, em junho de 2010, mas as cúpulas das duas siglas já chegaram a um entendimento e esperam enquadrar os Estados que resistem à dobradinha.

Atualmente, o PT e o PMDB vivem às turras em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso do Sul e enfrentam problemas de relacionamento no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Porém, no jantar de ontem – que contou com a presença de Lula, Dilma, ministros e dirigentes dos dois partidos – ficou acertado que a pré-candidata terá dois palanques onde não for possível o acordo entre os partidos.

 

Sem citar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência, o presidente da Câmara defendeu uma candidatura única da base aliada ao Planalto para enfrentar a oposição, comandada pelo PSDB. O Planalto insistiu na aliança de olho no tempo de televisão do PMDB na propaganda eleitoral gratuita na TV e na “capilaridade” do partido nos Estados. O dote peemedebista foi considerado fundamental pelo governo para a disputa de 2010.

 

Ao lado de Temer, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), destacou que o PMDB terá assento na coordenação da campanha de Dilma e participará da preparação do programa de governo da candidata. “A chapa majoritária terá os dois maiores partidos da coalizão do governo Lula”, comemorou.

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