politica

‘Prazer, Fernando’, diz Haddad a metalúrgicos em porta de fábrica no ABC

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT e possível substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição, começou uma agenda às 5 horas da manhã desta quarta-feira, 5, cumprimentando metalúrgicas na portaria de montadoras de São Bernardo do Campo (SP).

Enquanto Haddad cumprimentava os eleitores, militantes petistas distribuíram material de campanha exibindo Lula como candidato à Presidência. Após ser barrado pela Justiça Eleitoral, o ex-presidente está impedido de ser apresentado como candidato.

Ao lado da esposa, Ana Estela, de Manuela D’Ávila (PCdoB) e de candidatos do PT em São Paulo, Haddad procurou se apresentar aos eleitores nos locais conhecidos como redutos eleitorais de Lula. “Prazer, Fernando”, disse o ex-prefeito a alguns metalúrgicos, a quem cumprimentou como “parceiros”.

Haddad trajava uma jaqueta preta, por cima de uma camiseta e de uma camisa rosa social, calça jeans e sapato marrom. Foi aconselhado a trocar a jaqueta por uma oficial do sindicato dos metalúrgicos.

Aos aliados, o ex-prefeito quis medir a temperatura da campanha. “Como está o clima na rua? Vai decolar? Periferia, vai?”, perguntou ao candidato a senador Jilmar Tatto. “Parece 2002”, respondeu Tatto, em referência à primeira eleição de Lula ao Planalto.

Time do Lula

No carro de som, o partido pedia “votos no 13”, em alguns momentos afirmando que o voto era destinado a Lula e em outros apresentando Haddad e Manuela como parte do “time de Lula”.

Diante do desafio de fazer Haddad conhecido entre os eleitores simpáticos a Lula, aliados admitiam que há uma dúvida entre os metalúrgicos que ainda veem o ex-presidente como elegível. “No debate interno, tem muita pergunta. ‘Cadê o Lula?’ Na comparação com o Lula, não é na mesma proporção. Ainda é preciso trabalhar essa ideia, mas se essa for a principal ideia. Hoje, a principal é o Lula candidato”, disse o coordenador do comitê sindical dos funcionários da Mercedes-Benz, Max Pinho.

Na primeira fábrica que esteve, a da Mercedes-Benz, Haddad fez um vídeo para as redes sociais defendendo uma nova política industrial para geração de empregos. Na Ford, ele pegou o microfone para defender o direito de Lula ser candidato e afirmar que a legenda “vai até as últimas consequências em defesa do Lula”. Haddad fez ainda críticas ao governo Temer e ao PSDB.

“Vamos trabalhar nos próximos 30 dias duro para a gente chegar ao segundo turno tranquilos e aí debater projeto contra projeto”, discursou. Depois das duas fábricas, Haddad e aliados entraram em um bar para tomar café e comer pão com manteiga. O ex-prefeito recusou o prato e disse que queria pão com queijo derretido. Os candidatos visitarão ainda nesta quarta outras fábricas no ABC paulista.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo