Apesar da resistência da presidente Dilma Rousseff em abrir mão da presidência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que está ocupada pelo general Jorge Fraxe, assim como cargos na Valec e até na Empresa de Planejamento e Logística (EPL), o PR insiste em conseguir mais cargos ligados à área de Transportes, como retribuição à “lealdade” que a própria presidente “reconheceu” que o partido tem ao Planalto. Durante as negociações na últimas semanas, o PR insistia em conseguir o Ministério dos Transportes de “porteira fechada”, o que foi negado pelo governo. Mas, diante das crescentes pressões, o Planalto pode ser levado a ceder mais do que esperava nessa área.

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Neste momento, o que se ouve é que o general Fraxe, elogiado por Dilma em diversas ocasiões, há meses já teria pedido para deixar o cargo por questões de saúde e, quase que “por coincidência”, o seu pedido poderia ser atendido agora, para felicidade do PR. Nesta terça-feira, dia 1º, Dilma negou que esteja pretendendo fazer mudanças no cargo.

Ainda assim, no PR, há quem brigue pela indicação do ex-superintendente do DNIT de Goiás Anderson Cabral Ribeiro para substituir o general Fraxe. O Planalto, tenta compensar o PR, oferecendo duas das quatro superintendências criadas no órgão recentemente, que ainda estão vagas: no Distrito Federal e Acre.

Antes mesmo de ir ao Planalto anunciar o apoio à reeleição de Dilma, o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM) fez questão de dar o tom da ainda insatisfação do partido. Nascimento disse que a escolha do nome de Paulo Sérgio Passos para o Ministério dos Transportes não foi do partido, mas uma imposição da presidente Dilma. “O gesto do governo de afastamento (de Borges), colocando um outro ministro que também não é indicação nossa, foi escolha da presidente”, lembrou.

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