O secretário-geral do PPS do Paraná, Rubico Camargo, vai protocolar representação no Conselho de Ética do diretório estadual pedindo o afastamento liminar do vereador Zé Maria de todas as funções partidárias. Para Rubico, o parlamentar não seguiu a linha de pensamento do partido ao aprovar o relatório oficial da CPI, que isentou Derosso das denúncias de irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara de Curitiba. Zé Maria é o primeiro vice-presidente do PPS de Curitiba e líder do partido na Câmara Municipal.
“Desde que as irregularidades da Câmara Municipal se tornaram públicas, o partido pediu rigorosas investigações e, até, o afastamento de Derosso. O posicionamento de Zé Maria é contrário a todo o trabalho do PPS neste ano a favor da transparência e da busca por esclarecimentos”, comentou Rubico. Segundo ele, “o PPS tem convicção das irregularidades praticadas pelo presidente licenciado. O partido analisou os documentos e pediu a saída do então presidente do cargo. O PPS não tolera que um representante esteja na linha de defesa do grupo que mergulhou o legislativo municipal em sua maior crise”.
O secretário-geral defende que o PPS não dê legenda ao vereador para a próxima eleição. “O PPS não concorda com o relatório. Se houve indício de irregularidades, o presidente licenciado não poderia ser isento de qualquer responsabilidade no caso”, afirmou.
Zé Maria disse que não recebeu nenhuma orientação do partido em relação à votação. “Não votei errado. Votei de acordo com o relatório, que apontava irregularidades. Um outro relatório (da oposição, que pede o afastamento definitivo de Derosso da presidência da Câmara) apareceu de última hora e foi anexado junto”, justificou. Ele vai esperar a volta da outra vereadora do PPS na Casa, Renata Bueno, que está viajando, para definir que providência será tomada. “Estou junto com ela. Se o partido quiser que eu entre com uma ação pedindo o afastamento dele (Derosso), eu entro”, declarou.
