Por unanimidade, o PPS formalizou na tarde desta terça-feira o apoio à candidatura do tucano Aécio Neves à Presidência da República. O partido integrou a coligação que, no primeiro turno, era representada pela então candidata Marina Silva (PSB). Após reunião que durou quase duas horas, a Comissão Executiva da sigla defendeu a unidade dos partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff em torno do candidato do PSDB e conclamou Marina a seguir a mesma orientação. “Mais de 60% da população deseja derrotar o PT”, argumentou o líder da bancada do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), ao deixar o encontro.

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No início da reunião na sede do partido em Brasília, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, lembrou que Aécio já poderia ter contado com o apoio da sigla no primeiro turno. Durante a formação das chapas presidenciais, a legenda argumentou que o apoio dado ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) ajudaria a viabilizar um segundo turno.

No domingo, após a divulgação do resultado do primeiro turno, Freire já havia defendido abertamente o apoio a Aécio. Hoje, o dirigente enfatizou que a posição do partido independe da decisão da coligação liderada por Marina, mas que acredita que os outros cinco partidos caminham para fechar um acordo com o tucano. Freire destacou que a negociação com os tucanos se baseia em questões programáticas e não meramente eleitorais. Segundo ele, pontos do programa de Marina, como o fim da reeleição e escola em tempo integral, podem ser facilmente incorporados ao plano de governo tucano.

O presidente da sigla considerou que Marina sofreu ataques “sujos” e “virulentos” do PT no primeiro turno e que o objetivo do adversário não era “desconstruí-la” e sim “destruí-la”. Ele rechaçou qualquer possibilidade de apoio à candidata petista. “O PPS não admite discutir neutralidade ou apoio a Dilma”, declarou Freire.

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Agora, o partido encaminhará um comunicado à coligação de Marina e ao candidato do PSDB informando sobre a decisão. Em nota divulgada após a reunião, o PPS defende o desenvolvimento sustentável, a inclusão social, a reforma política, a retomada do crescimento e convoca as “forças favoráveis à mudança” à unidade em torno de Aécio.