O PPS divulgou nota nesta tarde informando que encaminhará um pedido para que o Conselho de Ética do partido ouça as razões pelas quais o deputado distrital Alírio Neto (PPS-DF) declarou nula, ontem, a CPI da Corrupção, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, colegiado que ele presidia. O partido entende, segundo a nota, que o deputado distrital “violou” determinações dos diretórios Nacional e do Distrito Federal, que se posicionaram pela apuração das denúncias de irregularidades e pelo afastamento do governador José Roberto Arruda (ex-DEM), apontado, nas investigações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, como chefe do esquema de corrupção.
Esta semana, o juiz Vinícius Santos, da 7ª Vara de Fazenda do Tribunal de Justiça do DF, mandou os deputados envolvidos no “Mensalão do DEM” se afastarem das votações dos pedidos de impeachment do governador José Roberto Arruda e decretou a nulidade das ações praticadas por esses parlamentares. Respaldado pela decisão do magistrado, Alírio Neto declarou nula também a CPI da Corrupção, que já tinha aprovado requerimentos de informação e de depoimentos.
Hoje, o presidente interino da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT), informou que tentará ressuscitar a CPI. Na avaliação dele, a decisão do TJ-DF não vale para a comissão de inquérito. Em ato publicado no Diário Oficial da Casa, Patrício determinou que os líderes refaçam as indicações dos membros da CPI até as 14 horas de segunda-feira e encaminhou ofício à Polícia Federal comunicando que a Câmara mantém programada para terça-feira a sessão da CPI destinada a tomar o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, principal delator do esquema.