O PPS decidiu expulsar de seus quadros o secretário estadual de Obras Luiz Caron, que participou, no último sábado, de passeata em favor da candidatura de Angelo Vanhoni (PT) à Prefeitura de Curitiba. O PPS tem seu próprio candidato, Rubens Bueno. A decisão foi tomada pela direção partidária ao examinar processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética, que se reuniu para avaliar denúncias de vários filiados sobre o comportamento considerado antipartidário do secretário.

“Não queremos Judas dessa natureza no nosso partido”, afirmou o coordenador-geral da campanha de Rubens Bueno, Hélio Virbiski, um dos signatários da denúncia contra Caron.

O secretário divulgou nota oficial no final da tarde informando que fez “uma opção política pela coerência, com base em minha consciência e minha história de vida. Permaneço coerente ao me aliar ao grande e amplo arco de alianças de esquerda que se organizaram em 2002 para derrotar o autoritarismo e práticas arcaicas, envelhecidas”.

Ao justificar sua atitude, fez críticas ao candidato do PPS, acusando-o de conduzir o partido numa “aventura personalista”: “Tenho a certeza que ao apoiar Angelo Vanhoni estou optando por alguém que tem efetivamente condições de ser um gerente à altura das expectativas e aspirações da gente da minha cidade. É uma opção de eleitor e de cidadão, comprometido com o futuro de Curitiba e das gerações futuras”.

“Como homem público, não posso apenas por uma questão corporativa, dar aval a uma aventura pessoal, personalista e que não é definitivamente o resultado do entendimento democrático das bases do partido que, de há muito, passou a ser um instrumento exclusivo de sustentação de vaidades e da contumaz prática autoritária”, acusou o secretário estadual.

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