Foto: Ciciro Back/O Estado

 Taniguchi: PFL quer construir uma frente de oposição.

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O PPS decidiu estudar o terreno no PFL para a sucessão estadual do próximo ano. Ontem, o ex-prefeito de Curitiba e dirigente estadual do PFL Cassio Taniguchi recebeu o presidente estadual do PPS e pré-candidato ao governo, Rubens Bueno, em seu escritório, para trocar idéias sobre as eleições de 2006. Na semana passada, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e Bueno conversaram com o ex-governador Jaime Lerner, atualmente no PSB.

O PFL não tem acenado com candidatura própria ao governo no próximo ano, encaixando-se no perfil dos partidos que o PPS tem buscado uma aproximação. Taniguchi disse que as articulações entre o seu partido, o PSDB e o PDT estão bem encaminhadas para apoiar o senador Osmar Dias ao governo em 2006. Mas ressalvou que o partido está aberto ao diálogo com outras forças, já que existem outros empecilhos para uma definição imediata do quadro.

Taniguchi citou que há pontos ainda em discussão como a verticalização das coligações, que obriga os partidos que lançam candidatos a presidente da República a repetir as mesmas alianças estaduais, e também a decisão final do PFL sobre sua posição na eleição estadual. "Estamos trabalhando com a perspectiva de construir uma frente de oposição. O Rubens Bueno veio para dizer que sairá candidato e quer conversar com vários partidos", disse.

Bueno afirmou que fez um primeiro contato para discutir conjuntura nacional e estadual com Taniguchi e que a conversa pode avançar dependendo da evolução do cenário nacional. "Teremos eleições nacionais e estaduais. E a eleição nacional é um componente forte no quadro estadual", disse.

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Para o presidente do PPS, a intenção não é convidar o PFL a se descolar do bloco PSDB-PDT. "O mundo não acaba no primeiro turno das eleições. Nossa conversa pode ser interessante para os dois partidos no futuro", comentou o dirigente do PPS, observando que o partido trabalha com a perspectiva de aliados em dois tempos, no primeiro e segundo turnos.

Bueno afirmou que o ponto comum entre as duas siglas é que ambas estão trabalhando um projeto alternativo para o Estado. "Eles estão muito tranqüilos quanto a isso e nós podemos conversar sobre este novo estágio para o Paraná, saindo da picuinha e da fofoca que não leva a lugar nenhum", disse. O presidente estadual do PPS afirmou que deve procurar ainda a direção do PSDB. "Já estive falando com o Beto (Beto Richa, prefeito de Curitiba) e penso em procurar a direção", afirmou. (EC)

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