O grande expurgo

PPS anuncia lista de filiados infiéis que foram expulsos

A executiva estadual do PPS decidiu expulsar um grupo de 47 filiados, 37 com mandato, considerados culpados de fazer corpo mole ou trair o partido na eleição para a Cãmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, no ano passado. Todos têm direito a recorrer ao diretório nacional no prazo de sete dias.

Sob o comando do deputado federal Rubens Bueno (PP), a executiva se reuniu em Curitiba neste sábado para avaliar uma extensa lista de nomes acusados de infidelidade partidária. A sentença de infiéis foi dada a todos aqueles que, em posição de comando do partido em seus municípios, não conseguiram apresentar um resultado eleitoral satisfatório na disputa proporcional.

O critério de expulsão foi aplicado aos dirigentes que não repetiram na votação para deputado federal e deputado estadual, em suas cidades, no mínimo, 30% dos votos que o partido obteve na eleição municipal de 2008 para vereador.

Alguns filiados conseguiram reduzir a pena máxima, a expulsão, para uma punição mais leve, a advertência interna. Alguns poucos casos foram arquivados. O presidente do partido justificou a medida. “No PPS não existe meio apoio. Todos devem se dedicar e trabalhar pelos candidatos do partido”, afirmou Bueno, explicando que o PPS está começando a se reestruturar para as eleições de 2012.

A executiva não considerou a posição dos filiados em relação à disputa majoritária. O PPS não teve candidato próprio ao governo ou ao Senado e apoiou a chapa liderada pelo governador Beto Richa (PSDB).

Na lista

Foram expulsos os prefeitos de Santo Antonio do Caiuá, José Alves de Almeida e de Teixeira Soares, Ivanor Luiz Muller, além dos vice-prefeitos Valter Alves, de Nova Aliança do Ivaí, Paulo Rodrigues Bessani, de Nova Aurora, João Cláudio Guilherme, de Perobal, e Ivo Battisti, de Salgado Filho, e 31 vereadores. Outros 10 dirigentes municipais sem mandato também foram expulsos da legenda.

A legenda avaliou, ao todo 171 processos, envolvendo 04 prefeitos, 14 vice-prefeitos, 11 prefeitos e 142 vereadores. O Conselho de Ética sugeriu 49 arquivamentos, 06 adiamentos, 69 penas médias (advertência interna) e 47 penas graves (expulsão). O prefeito de Quinta do Sol, Antonio Roberto de Assis, foi punido com censura pública.

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