Sucessão

PPS admite apoiar candidatura de Osmar

O presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, disse que é possível o partido apoiar a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado mesmo com o PT fazendo parte da chapa.

Bueno disse que, desde que não se exija de seu partido o apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, uma participação do PPS na aliança com o PDT poderá ser levada à análise da base do partido.

Osmar esteve com o presidente Lula na última quarta-feira para tratar da aliança com o PT no Estado e recebeu sinal verde do presidente para negociar a inclusão do PPS na aliança.

“Ainda não fomos procurados para tratar desse assunto. Se nos procurarem, desde que os termos dessa proposta de aliança respeitem os princípios do PPS, levaremos a proposta para discussão interna no partido. Não fechamos as portas a ninguém, vamos discutir”, disse Bueno, colocando como princípio do PPS o apoio a José Serra (PSDB) à presidência da República. “É o que foi definido em nosso Congresso Nacional. Somos oposição ao governo federal e vamos estar na aliança do candidato que represente essa oposição. Com a desistência do Aécio Neves, esse nome é o de José Serra. E disso o PPS não abre mão”, disse.

Assim, segundo Bueno, uma aliança com o PDT de Osmar ainda é possível no Paraná, desde que o PPS esteja livre para apoiar e colaborar na campanha de Serra.

“Qualquer conversa sobre as eleições, o PPS não discute questão nacional. Pode haver alguns ajustes estaduais, já tem outros estados que o PPS apoiará candidato de partidos da base do governo. Mas do palanque nacional, não abrimos mão”, disse. “O candidato pode até apoiar o candidato do Lula, mas nós apoiaremos o Serra”, acrescentou.

Bueno, ao lado do presidente estadual do DEM, deputado federal Abelardo Lupion, era o principal defensor da manutenção da aliança formada no segundo turno das eleições de 2006 em torno da candidatura de Osmar e reeditada na reeleição de Beto Richa (PSDB) para a prefeitura de Curitiba abrindo mão, inclusive, de sua própria candidatura, em 2008.

O presidente do PPS disse que honraria o compromisso de apoiar o candidato único do grupo, caso a aliança fosse mantida, mas, com o rompimento entre Osmar e Beto, o PPS, segundo ele, está livre para tomar a decisão que achar melhor: apoiar um dos dois ou, até, lançar candidato próprio.

Para ele, as três possibilidades seguem abertas, mesmo com o PDT coligando-se com o PT. “É possível, temos que discutir em que termos que é essa aliança e o PPS tem que levar para o bom debate partidário. Tem que estar muito claro que o PPS não abre mão da candidatura nacional”, concluiu.

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