A direção estadual do PP está tentando definir um lado na disputa ao governo do Paraná. O presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, esteve anteontem em Brasília com o presidente nacional do PDT, ministro Carlos Lupi, e o senador Osmar Dias, pré-candidato do partido ao governo. E ontem, o presidente do PP retomou os contatos com o PSDB do Paraná.
O dirigente nacional do PDT propôs ao PP do Paraná o apoio à candidatura do senador Osmar Dias ao governo. Barros disse que não é hora de definir e que também está aberto a discutir com o PSDB, o primeiro partido a fazer uma proposta de acordo ao PP.
Barros e os deputados federais Nelson Meurer e Dilceu Sperafico estiveram reunidos com o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, e o pré-candidato do partido ao governo, Beto Richa, no escritório político do ex-prefeito de Curitiba.
“Sempre estivemos conversando. Mas agora estou terminando o plano de governo e quero conversar com base nessa proposta”, disse Barros, que há uma semana também esteve com o governador Orlando Pessuti, pré-candidato do PMDB ao governo.
Mas a proposta eleitoral do PP é a mesma que foi apresentada no início das negociações. O partido pede a vaga para disputar o Senado e a coligação nas eleições para Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.
Quando negociava essa condição com o PDT e o PT, antes da suspensão das conversas entre os dois partidos, Barros não foi muito longe. O PT, como justificou seu presidente, Ênio Verri, pretende fazer uma aliança proporcional com partidos que tenham potencial de votos semelhantes aos dos seus candidatos a deputado federal e estadual. O PP não se enquadra nesta categoria. Seus eleitos costumam ter média de votos bem mais alta que os candidatos do PT.
Interesse
No encontro com os tucanos, Barros disse que o PSDB reafirmou o interesse em receber o PP numa coligação. Mas ainda não respondeu se todas as condições serão atendidas.
“Mas é isso que eu tenho que tentar conseguir. E fui conversar ontem para saber se ainda havia o interesse”, justificou o presidente do PP que, durante a semana, encontrou-se com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, em Brasília.
Base de apoio do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional, o PP está sendo apontado como o partido que poderá oferecer o candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador José Serra (PSDB).
O nome seria o do presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles, do Rio de Janeiro. Barros afirmou que essa aliança ainda não saiu do campo das especulações.
“O PSDB e o DEM são adversários do Dornelles no Rio de Janeiro. Nem fomos convidados”, afirmou o presidente do PP do Paraná, que acredita na neutralidade do partido na disputa presidencial.