Apesar de reclamar do pequeno tempo para mostrar propostas na televisão, poucos dos 13 candidatos a governador do Paraná tiraram proveito do primeiro dia de aparição com o objetivo de apresentá-las. Eles preferiram mostrar-se na esperança de conseguir a credibilidade do eleitor. A palavra mais usada foi ?mudança?, até mesmo na música do candidato Beto Richa (PSDB-PFL), apoiado pelo governador Jaime Lerner (PFL).
Entre os principais candidatos, Richa apresentou-se como a ?cara nova?, que fará nascer um ?novo Paraná?. ?Ao mesmo tempo em que a economia se aproxima do Primeiro Mundo, quase 10% da população são de analfabetos?, criticou. O deputado Padre Roque Zimmermann (PT) exibiu-se como candidato da ?esperança? e da ?mudança?. Disse ter nascido pobre, no meio dos pouco favorecidos e que, por isso, conhece a ?alma? do povo.
O senador Álvaro Dias (PDT) lembrou o governo dele, entre 1987 e 1990, dizendo ter sido austero e determinado na realização de obras. Segundo Dias, esse período precisa ser retomado. ?É preciso mudar e quero mudar para melhor?, prometeu.
O senador Roberto Requião (PMDB), que o sucedeu no governo, preferiu mostrar a atuação parlamentar, discursando para presidentes latino-americanos como presidente da Comissão Internacional do Mercado Comum do Sul (Mercosul). ?É um paranaense importante, respeitado e preparado?, defendeu o locutor da publicidade eleitoral gratuita de Requião.
Os partidos menores e com menos tempo de televisão restringiram-se quase a expor o candidato seguido de um pedido de voto. Exceções para o PSTU, que preferiu pedir o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o não-pagamento da dívida externa, e o PSB, que optou por apontar obras que o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (Frente Brasil Esperança) teria feito. Coube a Garotinho dizer que fez muito pelo Rio e que o candidato Severino Araújo (PSB) poderia fazer o mesmo, com a ajuda do eleitor.
