Imagens de show realizado pelo cantor Wando em comício do candidato da coligação Vote 12 ao governo, Álvaro Dias, veiculadas na televisão no horário político eleitoral, continuam rendendo críticas dos adversários e de setores da comunidade que se sentiram agredidos com as cenas. Wando distribuiu calcinhas e cantou músicas com letras consideradas obscenas, externando o desejo de manter relações sexuais com as mulheres presentes.
Para Marino Galvão, presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba, do Movimento pela Ética na Política e do Comitê 9840 de Combate à Corrupção Eleitoral, esta questão fere a ética, a moral e os bons costumes da família paranaense. “A situação que vimos na televisão é uma apelação barata. Foi uma baixaria e uma forma muito ruim e nada ética de procurar ganhar votos desses eleitores, que foram atraídos pelo show, mas se depararam com músicas que denigrem as mulheres, em especial”, reage.
Galvão acha que o candidato do PDT está se valendo de “coisas baixas, sem qualquer significado eleitoral”, para angariar votos e, assim, se nivela ao estilo da baixaria. “Isso retrata o nível da campanha de Alvaro Dias, que busca o voto a qualquer preço e custo, sem se importar com a ética ou a moral”, disse.