Os 16.683 políticos que disputaram o primeiro turno da eleição de outubro gastaram R$ 2,77 bilhões nas campanhas, o que representa uma média de custo de R$ 20,41 por eleitor. O consumo de recursos na eleição deste ano deverá ser ainda maior porque quem teve de enfrentar o segundo turno para presidente e governador tem até amanhã para comunicar suas despesas à Justiça Eleitoral. Ou seja, esses gastos não foram computados nesse cálculo do primeiro turno feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Os tesoureiros das campanhas da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), e de seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB), devem entregar hoje as prestações de contas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como Dilma terá de ser diplomada no dia 17 pelo TSE, a Corte já organizou um mutirão para analisar as contas da petista num prazo de apenas 9 dias. Além de funcionários do TSE, técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) deverão participar desse mutirão.

Em valores absolutos, o recorde de gastos no primeiro turno ficou com os candidatos de São Paulo, Estado onde votam 30.301.398 eleitores, ou 22,31% do eleitorado do País. Segundo os dados do TSE, os 2.552 candidatos de São Paulo gastaram R$ 482,04 milhões. Com isso, o custo médio da campanha foi de R$ 15,91 por eleitor. Mas Roraima teve o custo individual do voto mais elevado do Brasil. Com 271.890 eleitores, a média de gasto com cada eleitor foi de R$ 96,30.

Ao todo, os gastos dos candidatos a deputado federal, estadual e distrital foram os maiores em valores absolutos. Segundo as informações divulgadas hoje pelo TSE, foram gastos R$ 1,83 bilhão, ou seja, 66,13% do total de R$ 2,77 bilhões consumidos com as campanhas de todos os candidatos que disputaram o primeiro turno e já prestaram contas. Os 248 candidatos ao Senado informaram que gastaram R$ 353,46 milhões, o que representa um custo médio de R$ 2,61 por eleitor.

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Os candidatos aos governos dos Estados que conseguiram se eleger no primeiro turno das últimas eleições gastaram o equivalente a R$ 2,60 por eleitor, conforme dados do TSE. O novo governador do Acre, Tião Viana (PT), precisou gastar apenas R$ 0,15 por eleitor para vencer a disputa no primeiro turno. Tarso Genro (PT), que governará o Rio Grande do Sul, foi o segundo candidato mais econômico: gastou R$ 0,96 por eleitor para vencer no primeiro turno.

A maior despesa dentre os novos governadores que não precisaram disputar o segundo turno foi de André PuccineLli (PMDB), que governará o Mato Grosso do Sul a partir de janeiro de 2011. No Estado com o maior número de eleitores, Geraldo Alckmin (PSDB) gastou o equivalente a R$ 1,12 por eleitor para governar São Paulo.

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Quem conseguiu se eleger já no dia 3 de outubro gastou em média R$ 11,46 por eleitor, incluindo deputados estaduais, distritais e federais, senadores e governadores. Os dados do TSE incluem os gastos feitos pelo comitê da campanha. Não contabilizam, portanto, as despesas pagas diretamente pelos partidos e coligações dos candidatos.