Lideranças políticas de calibre estadual estão reposicionando seus domicílios eleitorais para as eleições de 2012, a vinte dias do término do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral.

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Depois do presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) e do diretor geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek (PT), é a vez do secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), anunciar que está em processo de mudança de título de eleitor de Curitiba para o interior.

Romanelli disse que examina a possibilidade de transferir seu título de eleitor para Cornélio Procópio. Foi na região do Norte Pioneiro que o peemedebista fez mais de 70% dos votos para deputado estadual, em 2010. “Nós estamos discutindo a possibilidade de fazer a mudança. Por uma questão de política regional”, disse o secretário.

Ele disse que uma candidatura a prefeito de Cornélio Procópio está no horizonte. E que é grande a chance de conseguir reunir PMDB, PT e até PSDB no mesmo palanque. Atualmente, a cidade tem como prefeito Amin Hannouche (PP) e o vice-prefeito João Carlos Lima, do PT.

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Apesar de integrar o governo tucano, Romanelli diz que tem boas pontes com o PT. “Coordenei a campanha de apoio à candidatura ao Senado da ministra Gleisi Hoffmann, em Cornélio”, citou.

O PMDB de Cornélio tem discutido a pré-candidatura do ex-prefeito José Antonio Otoni da Fonseca. Mas o secretário do Trabalho acha que, se for para levar adiante a proposta de concorrer à prefeitura, terá que fazer uma reestruturação geral do partido na cidade. “Teria que dissolver o atual comando”, afirmou.

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Inversões

Romanelli poderá fazer o caminho inverso de Rossoni, que está trocando Bituruna, na região Centro-Sul do Estado, por Curitiba. Vice-presidente estadual do PSDB, Rossoni ainda não confirmou os planos de concorrer à prefeitura em Curitiba.

Mas também não nega a possibilidade, mesmo com os poucos indícios de que o PSDB vá trocar o apoio à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB) por uma candidatura própria. Com a saída do ex-deputado Gustavo Fruet do partido, o termo candidatura própria no PSDB desapareceu das conversas.

“Quem buscava esse espaço era o Gustavo. Agora que ele saiu, a situação é confortável. Não há divergências internas”, disse o secretário geral do PSDB, Ademar Traiano.

O caso de Samek é mais simples. A transferência para Foz do Iguaçu segue a estratégia montada pelo partido de disputar a eleição nas maiores cidades do estado. O diretor geral de Itaipu ainda não confirmou a candidatura, mas a troca de domicílio eleitoral deixou a direção estadual animada com o sinal dado pelo petista.