Parlamentares das bancadas dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo abandonaram, nesta noite de quarta-feira, a sessão do Congresso Nacional que discute o veto da presidente Dilma Rousseff a uma nova distribuição dos royalties do petróleo em áreas já licitadas. Eles questionam a condução da sessão feita pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem interrompido discursos e impedido medidas de obstrução dessas bancadas. Os parlamentares pretendem entrar com novo mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da sessão.

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A retirada do plenário aconteceu depois que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) discutiu com o presidente do Congresso. Ele reclamou da interrupção dos discursos e conclamou os colegas de bancada a abandonar o plenário. Os parlamentares saíram do plenário com gritos de “fora Renan”.

Coordenador da bancada do Rio de Janeiro, o deputado Hugo Leal (PSC) disse acreditar que seja possível anular a sessão no STF. “Nós, das bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo, não podemos compactuar com o que está acontecendo. Essa sessão é absurda, antirregimental, ilegal e ilegítima.”

O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) afirmou que será feito um mandado de segurança coletivo dos parlamentares pedindo a anulação. Afirmou ainda que as bancadas não aceitam mais sessões do Congresso presididas por Renan Calheiros. “Não participamos mais de nenhuma sessão do Congresso presidida por Renan. O que ele está fazendo é um absurdo.”

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O movimento não incluiu todos os parlamentares, visto que os deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Cesar Colnago (PSDB-ES) ocuparam a tribuna em seguida. A sessão prossegue e Renan Calheiros mantém a rigidez no controle do tempo dos oradores.