Mais um diretor do Senado será investigado pela Polícia Legislativa da Casa. Depois do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, indiciado por supostamente liderar um esquema de desvio de dinheiro em operações de crédito consignado, a Polícia Legislativa abriu inquérito contra o ex-diretor-geral Agaciel Maia. Ele será investigado pela suspeita de que teria infiltrado por meio de atos secretos assessores em gabinetes de senadores sem o conhecimento dos parlamentares.

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Em nota, a Polícia Legislativa avaliou como “graves” as denúncias e disse que irá tomar o depoimento dos envolvidos. O autor do pedido de investigação é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que teve a assessora Lia Raquel Vaz de Souza por 14 dias em seu gabinete de forma sigilosa. Lia é filha de Valdeque Vaz de Souza, braço direito de Agaciel no Senado. A defesa de Agaciel aponta Zoghbi como o responsável pela indicação da assessora. O senador argumenta que, de acordo com o regimento da Casa, qualquer movimento de pessoal em gabinete deve contar com a anuência do senador responsável.

De acordo com a Polícia Legislativa, a oitiva dos envolvidos no caso deve começar ainda nesta semana. O primeiro a ser ouvido será Agaciel, que deve depor quinta-feira. A Polícia Federal (PF) ainda não informou à polícia da Casa se irá requerer o inquérito para anexá-lo às suas investigações. Agaciel é acusado de ser o responsável por 663 atos secretos – baixados e não publicados.

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