A Polícia do Senado montou barreiras para impedir que repórteres, fotógrafos e outras pessoas se aproximassem do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), quando ele entrou no prédio, no início da tarde, e se dirigiu ao gabinete da presidência. Esquemas de proteção a Sarney vêm se tornando mais rigorosos a cada denúncia de irregularidade, como a reportagem de hoje em que O Estado de S. Paulo revela desvio de recursos da Petrobras pela Fundação José Sarney.
Pouco antes das 14 horas, Sarney chegou ao Senado e entrou pelo Anexo 1, onde fica seu gabinete pessoal, no 6º andar. A maioria de seus seguranças havia permanecido no térreo. A agenda oficial de Sarney prevê que ele presidirá a ordem do dia da sessão do plenário, mas isso não está garantido, segundo assessores dele, por causa da “movimentação política” de hoje no Senado.
Sarney permaneceu no gabinete do 6º andar, no Anexo 1, por cerca de 15 minutos e desceu para o térreo. Mas, em vez de utilizar o corredor interno para chegar ao gabinete da presidência, ele optou por sair do prédio, pegou o carro oficial, deu a volta na quadra e entrou pela chapelaria, onde a Polícia do Senado já havia isolado um espaço com barreiras removíveis. Em direção ao gabinete da presidência, o senador percorreu o corredor entre as barreiras acompanhado de assessores.