O governo do Estado e a direção da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias – regional do Paraná voltaram a trocar acusações ontem sobre o impasse da cobrança de pedágio no Estado. O diretor geral da ABCR, João Chiminazzo Neto, foi classificado pelo procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, como “boquirroto e mal informado”. Foi uma reação à declaração de Chiminazzo em entrevista à rádio CBN em que o representante das concessionárias definiu como “bravatas” as medidas adotadas pelo governo, como a desapropriação das ações das empresas.
“O maior risco para as concessionárias é manter como porta-voz alguém boquirroto e mal informado como o senhor Chiminazzo. Cada vez que ele deita falação, mais o governo do Estado se convence que o abuso do pedágio tem que acabar. A última do senhor Chiminazzo foi usar o nome do sindicato que reúne os empregados das empresas de pedágio para veicular um destampatório contra o governo do Paraná”, atacou o procurador.
Nas suas declarações públicas, o diretor da ABCR tem insistido que a posição do governo paranaense sobre a cobrança do pedágio tem afugentado investidores internacionais. “O comportamento do governo do Estado tem gerado manifestações de investidores internacionais que estão se sentindo desencorajados a fazer investimentos no Brasil por conta do que já se chama Risco Requião”, atacou o representante das empresas. Ele disse ainda que o governo faz acusações falsas às empresas visando confundir a opinião pública.
Espera
Até ontem, o governo do Estado ainda não havia encaminhado os documentos fazendo a proposta amigável de desapropriação das ações, para assumir o controle do sistema e implantar o pedágio de manutenção. “Não houve nenhum chamamento oficial. Nós só temos recebido informações via jornais ou por meio de declarações feitas por elementos do governo, que agora já falam de caducidade dos contratos”, afirmou Chiminazzo.
