O PMDB paulista vai utilizar um apelo mais popular nas inserções políticas na televisão, a partir de amanhã, no Estado de São Paulo, uma estratégia já adotada anteriormente e repetida pelo aliado PT. O PMDB optou ainda por regionalizar a campanha, com a gravação de vários filmes, distribuídos pelo Estado, sempre com a presença de uma liderança local.
No filme principal, ao qual a Agência Estado teve acesso, os personagens são uma professora, um rapaz negro, um construtor civil e até mesmo um metalúrgico. Este último tem a mesma profissão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Estrela máxima do PT, Lula foi um dos articuladores da ida do PMDB para o governo e do paulista Michel Temer (PMDB) como candidato a vice-presidente na vitoriosa campanha que elegeu Dilma Rousseff (PT) sua sucessora na presidência.
No programa, todos os personagens passam mensagens positivas: “cuidar da educação é a garantia de um futuro melhor”, diz a professora e “é gente competente, fazendo o dever de casa”, emenda o metalúrgico. Ao final, o presidente do PMDB paulista, deputado estadual Baleia Rossi, afirma que “no PMDB, você pode confiar” e encerra com o bordão do partido no Estado. “PMDB, forte no Brasil, forte em São Paulo”.
Além dessa inserção geral, foram feitas outras com a participação dos principais políticos e pré-candidatos do PMDB paulista, que pretende lançar ao menos 400 nomes para encabeçar chapas às prefeituras do Estado em 2012. Entre eles estão o dos deputados federais Gabriel Chalita, pré-candidato a prefeito de São Paulo, e Edinho Araújo, que tentará retornar à prefeitura de São José do Rio Preto.
Participam ainda, entre outros, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e prefeitos recém-chegados ao PMDB, como Reinaldo Nogueira, de Indaiatuba e Gustavo Reis, de Jaguariúna. “Principalmente nas cidades que têm retransmissoras de televisão, achamos importante que a liderança local apareça. É uma forma de dar visibilidade”, informou Rossi. Já nas inserções de rádio a pulverização foi ainda maior e foram gravadas cerca de 100 participações de políticos locais, segundo ele.