O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, reagiu na manhã desta quarta-feira, 28, ao anúncio feito ontem pelo ex-deputado Indio da Costa de que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) desistiu de concorrer ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão ( PMDB) e cedeu a vaga ao PSD.
Presidente do PSD-RJ, Indio disse que o acerto foi firmado em jantar com Cabral na segunda-feira, 26. “Vejo no gesto do governador Cabral companheirismo ao Pezão diante da ameaça de perder o PSD na aliança. Mas não acredito que o PSD fará chantagem conosco. Vou levar à convenção do PMDB o nome de Cabral para o Senado. Se ele não quiser, nosso nome será do senador Francisco Dornelles, do PP. Dornelles é o melhor senador do Brasil, sempre esteve conosco, é leal, nunca nos ameaçou ou chantageou”, disse Picciani nesta manhã.
A desistência de Cabral de concorrer ao Senado trouxe de volta o PSD à aliança com Pezão, depois de o partido ameaçar se aliar ao pré-candidato do PT, Lindbergh Farias, por não ter conseguido indicar o candidato a vice de Pezão. Indio diz que, com o gesto de Cabral, o PSD voltou a se aliar a Pezão e indicará o ex-deputado Ronaldo Cezar Coelho para disputar o Senado na chapa de reeleição do governador.
Dornelles, segundo Picciani, tem insistido na candidatura de Cabral ao Senado e abre mão de disputar a reeleição de senador para dar lugar ao ex-governador.
Picciani, que voltou ontem de viagem de lua-de-mel, disse que vai se reunir hoje con Cabral e conversar com Dornelles e com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) para se inteirar do que aconteceu nas últimas duas semanas. A vaga de candidato a vice de Pezão está prometida para o PDT.
No plano nacional, Picciani, Dornelles e Indio da Costa apoiam o tucano Aécio Neves. Já Pezão, Cabral e Paes prometem fazer campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.