O Diretório Estadual do PMDB registrou ontem a candidatura ao Senado do ex-secretário de Justiça e Cidadania Aldo Parzianello. Antes de ter seu registro definitivo, a candidatura deve ser julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), de forma que o tempo dos outros candidatos ao Senado só será alterado quando houver a aprovação.
A assessora jurídica do PMDB, Marlene Zanin, explicou que enquanto o partido esteve coligado com PSDB ficou impedido de ter candidato ao Senado. Mas com a anulação da aliança no dia oito deste mês, a assessora entende que agora o registro é possível. ?Como havia coligação com o PSDB para eleições proporcionais, não havia condições legais. Mas a partir da anulação da aliança ficou estabelecida a possibilidade de lançamento da candidatura ao Senado?, avaliou.
Marlene disse estar certa de que não se trata de substituição formal de candidatura, uma vez que havia o apoio à reeleição do senador Alvaro Dias (PSDB). ?Mas, cessado o impedimento, é natural que a candidatura seja deferida, como se fosse uma substituição?, declarou.
O candidato ao Senado da Coligação Voto Limpo (PPS-PFL), Luiz Felipe Haj Mussi, disse ontem que assim que for aberto o prazo vai pedir a impugnação da candidatura Parzianello, por entender que a data-limite para registro de candidatos, segundo a Lei Eleitoral, se encerrou no último dia 30 de junho.
Para Mussi, trata-se de lançamento de candidatura e não substituição. ?A lei permite a substituição de candidatos e não candidatura originária. Ao se coligar com o PSDB, o PMDB abriu mão de lançar candidato ao Senado. Mussi acredita que mesmo com o fim da aliança, a lei não devolve o tempo para as inscrições.
Na opinião do candidato ao senado da coligação Voto Limpo, a aprovação da candidatura de Parzianello neste momento prejudica todos os outros candidatos e desorganiza o processo eleitoral. ?Além de não haver prazo para a inscrição, o horário eleitoral começou e o tempo teria que ser redistribuído. Vou apresentar todos esses argumentos no pedido de impugnação?, disse.