PMDB quer desbancar o PT na Assembléia

O PMDB está se articulando para desbancar o PT da condição de maior partido em plenário na Assembléia Legislativa já no início da nova legislatura. O projeto dos peemedebistas é fechar o primerio semestre tendo sob o abrigo da sigla um terço do plenário, ou seja 18 deputados.

Já no dia 1.º de fevereiro – data da posse dos novos deputados e da eleição para a Mesa Executiva da Assembléia – o PMDB trabalha para ter doze deputados em plenário, quatro a mais que o número atual e três a mais que o PT, que elegeu nove deputados.

As negociações para mudanças de partidos estão bem avançadas. Com a grife de “partido do governador”, o PMDB não precisou fazer nenhum esforço para atrair novos deputados. Os peemedebistas não antecipam os nomes, mas garantem que a bancada de doze já está assegurada para o dia da eleição da Mesa Executiva.

As adesões estào sendo buscadas ou recebidas entre os partidos que perderam as eleições de outubro. A estratégia de crescimento do PMDB só poupa os aliados da campanha eleitoral, o PT, PPS e PL. Entre os futuros peemedebistas, estão deputados do PFL e PSDB, partidos que tiveram parte de seus quadros envolvidos na campanha do governador eleito, Roberto Requião, no segundo turno das eleições.

Se fechar uma bancada própria de 18 deputados, o governador eleito, Roberto Requião, reforça sua base de sustentação. Com um terço do plenário, o PMDB pode, por exemplo, propor a instalação de uma CPI sem precisar da ajuda de ninguém, nem mesmo dos aliados.

O governador eleito vê o processo de ampliação da bancada como um reagrupamento de aliados. Requião, de acordo com sua assessoria, tem uma expectativa de que o PMDB cresça sem fisiologismo. E sim, que sejam recebidos na sigla os nomes que circunstancialmente estiveram afastados, mas que possuam laços anteriores com o partido. Para o governador eleito, tem que haver um filtro no plano ideológico e de militância política.

O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Nereu Moura, disse que o crescimento do partido é parte integrante de um projeto a longo prazo, que visa fazer do governador eleito um potencial candidato à sucessão presidencial em 2006. Mas admite que existe um objetivo também imediato. “A meta é fortalecer nosso partido porque temos um projeto nacional, mas é claro que quanto mais deputados tivermos em plenário mais tranqüilidade daremos ao governador”, justificou Moura.

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