A bancada do PMDB quer uma audiência com o governador Beto Richa (PSDB) antes de decidir se adotará a posição de aliado ou oposição na Assembleia Legislativa. Em reunião nesta quarta-feira, os deputados apenas listaram as queixas que vão desde o veto à entrada de alguns deles na bancada governista até denúncias de assédio sobre os prefeitos peemedebistas por tucanos e aliados.
O líder da bancada peemedebista, Caito Quintana, afirmou que os deputados decidiram conversar com o governo e com a direção do partido para orientar a decisão. “A bancada quer uma definição urgente. Temos deputados que fazem parte da base de apoio e têm um desejo de harmonia com o governador. Outros estão afastados. O que nós precisamos saber é se esse afastamento vai se intensificar ou haverá uma convivência fraterna com o governo”, disse Quintana.
Além de serem barrados no bloco governista, sobretudo aqueles com a mesma base eleitoral que os deputados tucanos e de partidos aliados, os peemedebistas estão agora com medo de perder o apoio dos prefeitos do partido, que são 136 em todo o estado.
“Os prefeitos têm relatado aos deputados que estão sendo constrangidos a declarar apoio a deputados do governo sob pena de não serem atendidos”, informou o líder da bancada.
Na próxima semana, a bancada volta a se reunir para decidir a pauta do encontro que vão solicitar ao governador. Até agora, o PMDB ainda não se reuniu com o governo institucionalmente como bancada. Os contatos, assim como as adesões, têm sido individuais. Quintana disse que todos concordam que a definição sobre a relação com o governo deve ser coletiva e por maioria.
