PMDB quer Caíto como líder

A liderança do governo na Assembléia Legislativa é o novo chamariz apresentado ao secretário da Casa Civil Caito Quintana para que ele se posicione sobre sua saída do cargo. Quintana conversou anteontem com o governador Roberto Requião (PMDB) sobre o que pretende fazer – se aceita a indicação para ser conselheiro do Tribunal de Contas – mas ao contrário do que se esperava, não tornou pública sua decisão sobre a saída do governo.

A volta de Quintana para a Assembléia Legislativa, de onde se licenciou para assumir a Casa Civil no início do governo, está sendo dada como certa por deputados peemedebistas. Eles já consideram a possibilidade de convidar Quintana para a liderança do governo na Casa, atualmente ocupada pelo presidente estadual do partido, Dobrandino da Silva.

A indefinição do secretário gerou desconforto entre os aliados do governo na Assembléia Legislativa. O governador ofereceu o cargo ao conselheiro Rafael Iatauro, que concordou em antecipar sua aposentadoria e já concedeu até entrevistas dizendo que estava pronto para assumir a Casa Civil. "A situação já virou uma sinuca de bico para o governo. O Rafael foi convidado, aceitou, deu entrevista e montou até a equipe. Agora, o Caito vai ter que refletir sobre a permanência dele. Isso tem que ser concluído sem seqüelas", disse o deputado Nereu Moura (PMDB), que lançou a proposta de repassar a liderança do governo para Quintana. "Pelas informações que possuo, o Caito não irá para o Tribunal de Contas. A não ser para prestar contas de sua gestão na Casa Civil", disse Moura.

Pressa

O líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), também mostra um certo desconforto com o ritmo da decisão de Quintana. "Acho que ele não quer mais ir para o Tribunal de Contas. Só que ele não desistiu oficialmente. Nós não podemos ficar cobrando dele porque ele pode pensar que nõs estamos querendo que ele saia da Casa Civil. E não é nada disso", declarou o líder do governo.

Dobrandino observou que conversou ontem com o governador e que este manifestou que tem pressa numa definição. "Mas tudo depende do Caito. Não podemos obrigá-lo a ir ou ficar. E ninguém vai empurrá-lo para fora. Ele até pode ir para outra secretaria", disse Dobrandino, mencionando que sempre defendeu o funcionamento paralelo à Casa Civil de uma coordenadoria política do governo.

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