A bancada do PMDB decide hoje, 12, se irá fechar questão na votação da proposta de reajuste de 6% para os servidores públicos estaduais que está em segunda votação na Assembleia Legislativa.

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Seria uma maneira de evitar dissidências, como a já anunciada pelo deputado Mauro Moraes, que defende uma emenda ao projeto ampliando a reposição salarial para 21% sobre os vencimentos de policiais civis e militares.

Se o partido decidir que todos devem votar a favor do texto original do governo, sem emendas, o deputado Mauro Moraes ficará sujeito a uma punição se mantiver a posição.

O líder da bancada do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, disse que a bancada definirá em reunião pela manhã, mas a tendência é pelo fechamento de questão. “Estamos caminhando para isso porque há um movimento grande no sentido de se fazer valer o estatuto partidário”, afirmou.

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Para aqueles que desrespeitarem as orientações do partido, o estatuto do PMDB pede a expulsão do filiado ou suspensão, que impede a participação nas comissões permanentes. Há alguns meses, Moraes já perdeu sua vaga na Comissão de Constituição e Justiça por se recusar a seguir as posições ditadas pela liderança do governo.

Arquivo
Pugliesi, o presidente.

No final de semana, Moraes deu mais uma demonstração de descompasso com a bancada, ao fazer declarações que sugeriram apoio à possível candidatura do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) ao governo.

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Durante a solenidade de inauguração de um corredor de transporte coletivo, na Linha Verde, em Curitiba, Moraes saudou o prefeito. “O que eu disse é que o povo saberá recompensar o prefeito com o seu voto. Até a convenção do partido, cada um pode ter sua opinião sobre a eleição ao governo”, afirmou.

Rebelião

O governo também deve enfrentar outras deserções na base aliada. Dois deputados do PT, José Lemos e Tadeu Veneri, anunciaram que irão assinar as emendas propostas pelo fórum das entidades sindicais dos servidores públicos. Na semana passada, a bancada se reuniu e decidiu que o voto está liberado.

Fábio Alexandre
Veneri, o aliado reticente.

Entre as emendas defendidas pelo Fórum, está a que corrige gradualmente os salários até atingir 15%, partindo do reajuste de 6% que começaria a ser pago este mês.

O Fórum também pede reajuste nas gratificações e adicionais incidentes sobre os salários, no valor da cesta básica de R$ 50 para R$ 210,5 e a concessão de vale-transporte aos servidores das escolas públicas estaduais.

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse que se o PT decidir, em conjunto, votar a favor das emendas, soará como uma declaração de rompimento com a base.

“Se o PT fechar questão deixou de integrar a base do governo. Mas na bancada do PT há deputados coerentes e responsáveis”, disse o líder do governo. A justificativa é que o governo está corrigindo as perdas dos últimos doze meses e que a prerrogativa da geração de novas despesas é do Executivo, que atingiu sua capacidade máxima de gastos ao propor os 6%.

Na oposição, já está acertada a apresentação da emenda que reajusta os salários dos servidores em 15%, o mesmo percentual aplicado ao salário mínimo regional. O deputado Douglas Fabrício defendeu a emenda, afirmando que, em janeiro, o governo do Estado, por meio de decr,eto, corrigiu em até 60% os salários dos diretores de secretarias e presidentes de estatais.