Com a avaliação de que atualmente não controla a maioria dos delegados do partido, o chamado PMDB oposicionista prepara ofensiva em Estados onde o apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ainda não está consolidado. Peemedebistas que são contra a aliança com o PT intensificarão a resistência à direção nacional do partido, que deve anunciar hoje o apoio à candidatura Dilma em jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do PMDB e líderes partidários – um dos principais nomes da ala governista, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), é cotado para ser o vice.

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A ideia é trazer para a seara oposicionista diretórios em que a situação está indefinida ou onde há espaço para negociação, como Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Bastiões da oposição, Pernambuco e São Paulo, onde o PMDB é controlado pelo senador Jarbas Vasconcelos e pelo ex-governador Orestes Quércia, respectivamente, defendem aliança com o PSDB.

 

Ontem Quércia conversou com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, para aprofundar o contra-ataque. “Agora o esforço é para organizar (a oposição à tese de apoio a Dilma)”, disse Quércia, para quem a instância legítima de definição das alianças do PMDB é a convenção nacional em junho.

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Ao mesmo tempo em que os oposicionistas tentarão angariar esforços contra o apoio sistemático à candidatura do Palácio do Planalto, vão cobrar do PSDB uma definição mais rápida sobre o candidato a presidente – os governadores de São Paulo, José Serra, e Minas, Aécio Neves, se colocaram na disputa, o que criou uma indefinição que tende a ser resolvida somente no ano que vem. “Quanto mais cedo o PSDB resolver, mais fácil fica enfrentarmos os problemas no PMDB”, afirmou Jarbas, dando força à tese de antecipação do anúncio da candidatura tucana, defendida também pelo DEM.

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