O PMDB está buscando uma saída negociada com o atual presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, para que deixe o comando do partido na capital sem que haja necessidade de intervenção ou dissolução do diretório. A solução sem traumas foi proposta pelo deputado federal João Arruda, que ficou encarregado de abrir o diálogo entre Doático e a direção estadual.

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A permanência de Doático no comando do PMDB de Curitiba é considerada por uma ala do partido como um entrave à remodelação do diretório municipal, controlado pelo grupo do senador Roberto Requião. Doático, um dos antigos colaboradores do senador, é visto como um dos culpados pelos resultados eleitorais inexpressivos do PMDB de Curitiba.

A maioria dos membros da executiva estadual estava quase concordando com o pedido de dissolução do diretório, mas decidiu tentar um acordo com Doático. O pedido foi apresentado pelo deputado estadual Reinhold Stephanes durante reunião na noite de segunda-feira, em Curitiba.

O presidente do diretório estadual, Waldyr Pugliesi, propõe que as principais lideranças do PMDB de Curitiba, incluindo Requião, atuais e ex-deputados federais e deputados estaduais se reúnam e discutam um projeto para o partido na cidade. “Nós temos que chamar todo mundo e conversar sobre um PMDB forte e competitivo, em Curitiba. Vamos fazer uma composição de consenso para visualizar o amanhã do PMDB da capital”, propôs.

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Pugliesi disse que é contra a dissolução pura e simples do diretório. Acha que Doático tem um papel importante como militante do partido e seu afastamento da direção deve ser resultado de um acordo. “Eu não vou fazer com ele o que ele tentou fazer comigo”, disse Pugliesi.

No ano passado, Doático liderou um movimento para que Pugliesi deixasse a presidência estadual do PMDB para Requião, que havia saído do governo para ser candidato ao Senado e queria o comando do partido. Pugliesi não concordou em sair.

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