O PMDB do Paraná ainda não definiu a candidatura presidencial para a qual abrirá seu palanque nesta eleição.

O candidato ao governo e presidente estadual do PMDB, senador Roberto Requião, disse que a questão ainda está em aberto no partido, ao contrário do que afirmou o candidato do PT à presidência da República, Luis Inácio Lula da Silva, na série de entrevistas que a Rede Globo vem fazendo com os candidatos à sucessão presidencial, exibida na quinta-feira. Lula disse que tinha o apoio do PMDB em vários Estados, entre eles, o Paraná.

Requião declarou que há uma tendência da base partidária peemedebista no Estado em apoiar o candidato petista. Mas esta definição não está entre as suas preocupações no momento. “Estamos em campanha pelo governo do Paraná. É isso que me interessa agora. Não quero falar sobre sucessão presidencial”, afirmou o senador, que antes da aprovação do apoio do seu partido à candidatura do senador José Serra (PSDB), defendia uma aliança nacional do PMDB com o PT.

O senador paranaense chegou a ter seu nome cogitado por setores do PMDB como um dos possíveis candidatos a vice-presidente na chapa de Lula. Ele foi lançado pela ala dissidente do partido na convenção como candidato à sucessão presidencial na tentativa de barrar o apoio ao tucano. Mas a vitória da ala governista na convenção esfriou o entusiasmo de Requião. Por força da legislação, o PMDB do Paraná não pode apoiar oficialmente o candidato do PT à sua sucessão presidencial.

Conforto

O candidato a vice-governador pelo PMDB, deputado estadual Orlando Pessuti, disse que o comportamento do partido em relação à disputa presidencial não será definido tão cedo. “Em algum momento, vamos ter nossa posição. Mas vamos ter que avaliar e adotar a postura que for mais confortável para o partido. O que temos, no momento, é uma simpatia de setores do PMDB a Lula e um bom relacionamento com o PT do Paraná”, afirmou.

Segundo Pessuti, não é segredo que o PMDB do Paraná queria ter um palanque único com o PT.

Agenda cheia no litoral

Edilson Romanini

Os candidatos do PMDB ao Senado, ex-governador Paulo Pimentel, e ao governo, senador Roberto Requião, tem pela frente mais um fim de semana de agenda cheia. Hoje, eles visitam o Litoral. Amanhã, viajam para Campo Mourão, onde cumprem roteiro que inclui mais cinco cidades. Até 20 de agosto, quando começa a programação gratuita no rádio e na TV, pretendem visitar 350 municípios paranaenses. A chegada ao Litoral, neste sábado, está prevista para às 09h30min. Pimentel e Requião fazem uma caminhada pela área central de Morretes. Depois seguem para Antonina, onde vão até o mercado municipal conversar com eleitores. Ao meio-dia passam pelo Mercado Público e pelo centro de Paranaguá. A agenda prossegue à tarde com reuniões com peemedebistas em Pontal do Paraná e Matinhos. O roteiro termina à noite em Guaratuba com a participação na “Festa do Divino”. No domingo, o ex-governador e o senador viajam para a região Noroeste. Eles descem no aeroporto de Campo Mourão e seguem para uma reunião no salão paroquial em Araruna, prevista para às 9h. Depois retornam a Campo Mourão para participar da “Festa do Carneiro no Buraco”. À tarde, fazem mais reuniões com peemedebistas no Clube Recreativo em Fênix, na Casa da Cultura em Engenheiro Beltrão e em Peabiru. O retorno a Curitiba só vai acontecer no fim da tarde. Nesta semana, Pimentel e Requião percorreram 22 cidades na região de Curitiba em apenas três dias. Eles estão investindo no contato direto com a população e garantem que vão manter o ritmo até o final do mês. Depois que botou o pé na estrada, o ex-governador ficou ainda mais empolgado com a campanha. “O povo tem nos recebido muito bem e, o que é mais importante, entendido nossas propostas”, destaca. Já o senador usa um ditado popular para resumir a maratona: “cobra que não caminha não engole sapo”.

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