Uma nota emitida ontem pelo presidente estadual do PMDB e líder da bancada na Assembleia Legislativa, Waldyr Pugliesi, reafirmando o compromisso do partido com a candidatura de Valdir Rossoni (PSDB) à presidência da Casa praticamente pôs fim à possibilidade de bate-chapa na disputa pela Mesa Executiva.
Sem apoio dos 13 deputados do PMDB o aspirante a enfrentar Rossoni, Nelson Garcia (PSDB) teria dificuldade, até, para conseguir montar uma chapa completa, com nove integrantes.
Na nota, Pugliesi taxa de inverídica qualquer informação de que o PMDB apoiaria Garcia e reforça que a decisão está tomada desde o ano passado, com o partido indicando, inclusive, dois nomes para a Mesa: Artagão Junior e Stephanes Junior, respectivamente 1.º Vice-Presidente e 3.º Secretário. Segundo a nota, o PMDB sequer reabriu discussão sobre o assunto.
| Anderson Tozato |
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| Rossoni: mais do que certo. |
“Decidi soltar essa nota porque todos os dias nas últimas duas semanas alguém vem me perguntar se o PMDB apoiaria o Nelson Garcia. Só quem não me perguntou até agora, foi o próprio Garcia”, disse Pugliesi, afirmando que nunca foi procurado por nenhum outro candidato além de Rossoni para tratar da eleição da Assembleia. “E a primeira regra para quem quer ser candidato é ir a público e depois procurar as lideranças dizendo: sou candidato e quero seu voto por tais motivos, coisa que ele não fez com ninguém”, disse o presidente do PMDB, descartando a candidatura de oposição a Rossoni.
Pugliesi também não considerou a possibilidade de, ao lado do PT e outros partidos, montar uma chapa de oposição. “Quem quer fazer oposição agora? O PDT já disse que não quer. O PMDB ainda não decidiu que postura tomará em relação ao governo Richa (mas aceitou indicar um secretário). Está muito difícil fazer oposição. Mas não é só aqui.
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| Pugliesi: fiel da balança. |
Na Câmara Federal, o PSDB vai apoiar o Marco Maia (PT)”, disse. Questionado se ele temeria que alguns de seus 12 colegas de legenda desertassem para a chapa adversária mesmo após a manutenção da posição pelo partido, Pugliese respondeu que não vê ninguém com “disposição e condição de ir para o outro lado agora”.
Enquanto isso, Nelson Garcia iniciou a terceira (e última, a eleição ocorre na próxima terça-feira) semana de sua campanha invisível à presidência da Assembleia. Mais uma vez, não atendeu à imprensa, não anunciou oficialmente sua candidatura e, segundo sua assessoria passou, novamente, o dia reunido com possíveis apoiadores. Mais uma vez, também, nenhum outro parlamentar declarou publicamente apoio ao novo candidato.
