O secretário estadual da Educação, Maurício Requião, o secretário da Casa Civil, Rafael Iatauro, o ex-secretário Renato Adur e o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) formam o comando central da campanha do governador Roberto Requião (PMDB) à reeleição, que será lançada oficialmente no próximo dia 15, em Curitiba. Ontem, Maurício coordenou a primeira reunião do PMDB da capital com a militância, que no próximo sábado, 15, está convocada para o lançamento oficial da campanha, que será desencadeada com um pronunciamento do governador que, provavelmente, estará em Londrina.
Ontem, Requião não teve agenda de campanha, embora esteja em Curitiba e licenciado do Palácio Iguaçu até a próxima segunda-feira, 10. Requião viajou no início da semana à Argentina e retornou na quinta-feira, 6, quando participou da inauguração de um comitê de servidores da área de saneamento, em Curitiba.
Maurício disse que o impasse em torno da aliança com o PSDB, que indicou o candidato a vice-governador na chapa de Requião, mas que depende da palavra final da Justiça Eleitoral, não atrapalha o andamento da campanha peemedebista. ?Em outras eleições, por essa época, não tínhamos quase nada. Agora, estamos com tudo pronto e nunca vi a militância tão animada. Nós estamos trabalhando como se a aliança estivesse consolidada?, afirmou o secretário da Educação.
Na próxima quinta-feira, 13, o PMDB inaugura o comitê central da campanha de Requião, em Curitiba. E, na sexta-feira, 14, haverá um mutirão da militância para começar a distribuição de um lote de cem mil jornais de campanha em todo o Estado.
Hoje à noite, segundo informou Pessuti, a expectativa é que o governador participe de uma reunião com o núcleo de auxiliares mais próximos para dar as orientações finais da organização da sua campanha. Ontem, Pessuti iria se reunir com o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, para conversar sobre a estrutura da campanha à reeleição de Requião nos municípios do interior do Estado. Pessuti, que continua na reserva para ser candidato à reeleição se a aliança com o PSDB não der certo, disse que, aos poucos, o trabalho vai tomando corpo.
Iatauro afirmou que, entre amanhã e sexta-feira, 14, Requião estará percorrendo um roteiro de nove cidades visitando obras do governo. A noite e os finais de semana, o governador reserva para a campanha eleitoral. ?Não estamos ainda acostumados com as regras da reeleição. A lei é rigorosa e não é fácil distinguir o que é o governador e o que é o candidato. Mas nós estamos analisando tudo e tomando o máximo cuidado para não ter problemas?, afirmou o secretário da Casa Civil.
Dono da rua
No tradicional local de concentração de candidatos em Curitiba, a Boca Maldita, o primeiro final de semana da campanha eleitoral ainda estava em fase de aquecimento. Somente o candidato ao governo pela coligação PPS- PFL, Rubens Bueno, organizou uma atividade na Boca. Bueno, acompanhado do candidato a vice-governador, Marcelo Puppi (PFL), e do ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi (PFL) fez uma caminhada da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, onde filiados ao partido abriram uma barraca para a distribuição de material da coligação.
Bueno disse que sua campanha será essencialmente de rua. ?Quem não tem aparatos oficiais e nem o poder econômico tem que ir para a rua?, afirmou o candidato do PPS, que se prepara para receber no próximo dia 22 o candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Bueno acompanhará Alckmin em visitas a bairros de Curitiba e Ponta Grossa e, por enquanto, é o único palanque montado para o candidato tucano no Paraná.
Além de Bueno, a Rua das Flores também foi palco das campanhas isoladas de candidatos proporcionais. Dra. Clair (PT), candidata a deputada federal, e Tadeu Veneri (PT), candidato a deputado estadual. O deputado Nelson Justus (PFL) mandou um cabo eleitoral com um boneco estampando seu número, transportado numa carreta. Os fiscais da Justiça Eleitoral passaram pela rua e recolheram alguns materiais de campanha para exame do juiz da 176.ª Zona Eleitoral, Roberto Bacellar, encarregada da propaganda eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral.
