PMDB inicia campanha para eleger novo diretório

A convenção que irá escolher o novo comando do diretório municipal do PMDB em Curitiba será realizada em 26 de outubro, mas o processo para eleger o secretário de Educação, Maurício Requião, começa a ser deflagrado amanhã.

Os peemedebistas que apóiam Maurício lançam neste sábado, na sede do diretório, um comitê de apoio à sua candidatura à presidência do partido. O cargo ganha uma importância maior este ano, já que o novo presidente do diretório terá o controle do processo de indicação do candidato a prefeito nas eleições do ano que vem. E o PMDB está dividido entre os que pregam uma aliança com o PT e aqueles que defendem a candidatura própria.

De acordo com o atual presidente do PMDB em Curitiba, Doático Santos, é provável que dois grupos disputem a presidência do partido. Ele cita que, além dos setores que defendem a eleição de Maurício, deve concorrer o grupo ligado ao presidente estadual do partido, deputado federal Gustavo Fruet. Mas Fruet nega que esteja articulando chapas neste momento. E disse que considera a previsão de Doático uma “provocação” que pode resultar em novo conflito interno.

Há alguns meses, o presidente municipal do partido defendeu uma aliança do PMDB com o PT tendo o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Angelo Vanhoni (PT) como cabeça de chapa na sucessão do prefeito Cássio Taniguchi (PFL). Foi o suficiente para gerar um choque com o grupo que defende a candidatura própria e tem simpatia pelo nome de Gustavo.

O presidente estadual disse que está ocupado com o projeto coletivo do partido. “Passei os últimos sete meses organizando o partido no Paraná. Em breve, teremos diretórios em todos os municípios do estado. Essa foi minha preocupação. Estou empenhado na construção de um projeto e acho que o presidente municipal está agindo como chefe de torcida e não como dirigente partidário. Estou em paz mas, se querem precipitar a crise, não tem problema”, afirmou Gustavo.

Para o presidente estadual do PMDB, debates precoces sobre a sucessão no próximo ano podem levar os aliados na campanha eleitoral ao governo no ano passado a um afastamento. “Todos os setores progressistas correm o risco de entrar em um processo autodestrutivo”, afirmou o dirigente do PMDB regional.

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