Um abaixo-assinado indicando o ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) para a vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil está com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e o vice-presidente da República, Michel Temer. O pedido é assinado por cinco deputados federais do PMDB e a senadora Gleisi Hoffmann.
Da bancada de congressistas do Paraná, apenas o senador Roberto Requião (PMDB) e o deputado federal João Arruda (PMDB) não subscreveram o documento. Os articuladores do movimento pró-Pessuti foram os deputados federais Moacir Micheleto e Osmar Serraglio.
Micheleto já tem uma experiência bem sucedida na ocupação de cargos do governo federal. Ele foi um dos avalistas da posse do ex-secretário da Agricultura Erikson Chandoha na Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura. “É uma questão que está agora em análise pelo vice-presidente da República e o ministro. Nós levamos o nosso apoio”, disse Micheleto.
Veto
O voto do senador Roberto Requião na votação do salário mínimo, quando se alinhou à oposição na defesa do valor de R$560, deve ajudar Pessuti. Requião vinha usando todo o seu poder de veto junto à cúpula do governo e do PMDB para barrar a nomeação do ex-governador, com quem rompeu logo depois de deixar o cargo no ano passado para se candidatar ao Senado.
A rebeldia do senador, um dos dois peemedebistas que desafiaram o governo no Senado, o outro foi o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), enfraquece a resistência a Pessuti, avaliam os apoiadores do ex-governador.
Pessuti vem esperando por um convite de Brasília desde o início do ano. Quando aceitou abdicar da disputa ao governo no ano passado para apoiar o ex-senador Osmar Dias (PDT), Temer acenou com a possibilidade de um lugar para o então governador no ministério do futuro governo para compensar a colaboração para que se repetisse no Paraná a aliança nacional entre PMDB, PDT e PT.
Um segundo documento está sendo gestado no PMDB. É para ajudar na indicação do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures para um cargo de direção na Caixa Econômica Federal. Porém, enquanto a situação de Pessuti não for definida, o caso de Loures, que foi candidato a vice-governador na chapa de Osmar, fica “congelado”.