PMDB guarda vaga de vice de Requião para um tucano

A convenção estadual do PMDB marcada para o próximo dia 24, sábado, não vai decidir sobre as alianças do partido no Estado. Esta deliberação será transferida para a executiva estadual, que até o dia 30 de junho, terá a prerrogativa de fechar as coligações para as disputas proporcional e majoritária.

O presidente do diretório estadual, Dobrandino da Silva, afirmou ontem que no dia 25, o partido homologa a candidatura à reeleição do governador Roberto Requião e das chapas proporcionais (Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa) e deixará reservada a candidatura a vice-governador para o PSDB. A vaga para concorrer ao Senado também ficará em aberto, afirmou. A convenção peemedebista será realizada no Clube Literário do Portão, entre as 8 e 13h.

A convenção do PSDB também está marcada para o dia 24. Dobrandino afirmou que o acordo com os tucanos está "praticamente" fechado e que falta apenas oficializar, o que deve ocorrer até o final do mês. "Nós oferecemos a vaga de vice para o Hermas (o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão). Este é o acordo. O PMDB lança o candidato a governador e o PSDB o vice", afirmou o presidente estadual.

Entre os temas da convenção do PMDB não está prevista a discussão da posição do partido no estado em relação à eleição presidencial. O presidente estadual do PMDB afirmou que, diante da deliberação da executiva nacional de não lançar candidato a presidente da República, não há necessidade de os estados se pronunciarem. "Não precisa decidir nada. Vai ficar livre", afirmou.

Mas o presidente do diretório do PMDB de Curitiba, Doático Santos, disse que se a direção estadual quisesse, poderia propor uma discussão sobre a sucessão presidencial. Nesse caso, segundo Doático, seria necessário convocar uma convenção especial para o partido decidir de que lado iria ficar na eleição. Se do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin.

Doático afirmou que não há interesse da direção estadual em abrir esse debate e formalizar uma posição na eleição a presidente da República porque correria o risco de ser derrotada na tese de apoio a Alckmin. "No diretório, a maioria defende o apoio ao Lula. À exceção dos deputados, o partido é, majoritariamente, a favor da candidatura do Lula. Só eles querem apoiar o Alckmin", disse o dirigente municipal.

Apesar de ter marcado a convenção para o dia 24, a direção do PSDB adiantou que já na segunda-feira à noite, após a convenção nacional do PDT, o partido definirá sua posição. Caso o PDT homologue a candidatura do senaador Cristóvam Buarque à presidência da República, o PSDB começa a definir no mesmo dia se lança candidato próprio ao governo ou se coliga com o PMDB.

O processo de definição no PSDB não será fácil, independente de a aliança ser com o PDT, o PMDB ou ainda se o partido lançar o deputado federal Gustavo Fruet ao governo.

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