PMDB fechará questão contra a PEC do nepotismo

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) disse ontem no encontro do PMDB de Curitiba e Região Metropolitana que o partido precisa superar divergências para chegar unido à campanha eleitoral do próximo ano. Pessuti referiu-se aos conflitos na bancada estadual entre o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli, e o deputado Reinhold Stephanes Júnior como ?turbulências? que devem ser ultrapassadas.  

Nesta segunda-feira, 24, a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa deve fechar questão contra a proposta de emenda constitucional que proíbe a prática de nepotismo. A proposta apresentada pelo deputado estadual Tadeu Veneri, do PT, conta com as 18 assinaturas necessárias, duas delas de peemedebistas: Stephanes Júnior e Edson Strapasson. Os dois serão convidados a retirar suas assinaturas do projeto. Para o secretário-geral do diretório estadual, João Arruda, o fechamento de questão deve solucionar de uma vez por todas o impasse. ?O PMDB é um partido grande e por isso é difícil manter a unidade?, disse Arruda.

Pessuti afirmou que o PMDB de Curitiba deve fazer um esforço para motivar a militância a se envolver na campanha. ?A eleição se vence com uma boa proposta e um candidato que conheça a cidade e seu povo. Mas também precisa de uma boa dose de emoção. É isso que motiva a militância?, afirmou o vice-governador.

Ele anunciou no encontro que está transferindo de Ivaiporã para Curitiba o domicílio eleitoral dos três filhos, Bruno, Felipe e Moisés, e que um deles será candidato a vereador. Pessuti informou também que ele e a esposa, Regina, também estão avaliando a possibilidade de mudar o título de eleitor para Curitiba.

Despedida

O encontro de ontem foi o último ato oficial do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Renato Adur na presidência do partido. Adur disse que combinou com o governador Roberto Requião (PMDB) que permaneceria até setembro na presidência do partido. Na próxima segunda-feira, ele transfere a presidência a Romanelli, vice-presidente estadual do partido. Romanelli irá convocar o diretório estadual para formalizar a eleição do líder da bancada, deputado Waldyr Pugliesi, para a presidência.

Ontem, Adur listou os nomes do partido para disputar a Prefeitura em Curitiba. Na relação, os nomes já conhecidos do reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Júnior, dos deputados Romanelli e Mauro Moraes, do presidente da Cohapar, Rafael Greca, e da ex-deputada federal Dra. Clair.

Adur também destacou o papel dos militantes e filiados no processo eleitoral. Segundo o ex-secretário, são eles as principais armas do partido para suprir o que chamou de falta de comunicação do governo com a população, em alguns setores. 

Partido vai lançar campanha estadual

O presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, disse ontem que o partido vai lançar uma campanha estadual para trabalhar uma combinação entre o nome Requião e o número 15, que identifica a sigla. Doático acha que a fórmula irá alavancar a votação do partido nas eleições municipais do ano que vem. ?Só com os votos do governador, nós vamos fazer três ou quatro vereadores em Curitiba?, disse Doático. Segundo ele, nas últimas eleições para prefeito da capital paranaense o partido teve um desempenho satisfatório no que se refere aos votos de legenda. ?Nós ganhamos do PT em número de votos de legenda?, comparou Doático.

O PMDB quer fazer do governador Roberto Requião (PMDB) o principal cabo eleitoral nas eleições municipais do próximo ano. O deputado federal Max Rosenmann disse que Requião é o cabo eleitoral que todo o candidato pediu a Deus. Rosenmann foi único deputado presente à primeira etapa do encontro durante a manhã, no Clube Concórdia.

Max Rosenmann afirmou, também, que faz suas próprias pesquisas pelo Estado para avaliar a temperatura do eleitorado com o partido. E, segundo ele, os resultados mostram que a popularidade do governador é alta, contrariando as notícias que são divulgadas e que apontam problemas no governo do Estado.

Rosenmann fez também críticas ao PT e acusou setores deste partido de se aproximarem de um veículo de comunicação estadual para criticar o governo estadual, na ânsia de vencer as eleições do ano que vem. ?Uma quer ser prefeita e outro quer ser governador?, disse o deputado federal peemedebista. ?Estão falando aí na rua que tem um acordo entre um jornal e o governo federal. Não tem problema em um governo fazer publicidade. Mas é dinheiro público envolvido e deveria ser distribuído igualmente entre todos os veículos de comunicação do Estado?, atacou o deputado federal peemedebista.

O presidente da Cohapar, Rafael Greca, ex-prefeito de Curitiba, e um dos pré-candidatos do partido às eleições do próximo ano, também fez menção ao suposto acordo apontado por Max Rosenmann e criticou a condução da campanha eleitoral de 2004, quando o PMDB apoiou a candidatura do atual deputado federal Angelo Vanhoni (PT). Segundo Rafael Greca, ?o grande erro do partido na eleição do Vanhoni foi negar a cidade?. (Elizabete Castro)

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