Foto: Daniel Derevecki

Rocha Loures: gestando nomes.

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Vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures disse que já estão sendo gestados alguns nomes para rivalizar internamente com o governador Roberto Requião na busca por uma candidatura presidencial do partido em 2010. Membro permanente das reuniões da direção nacional, em decorrência de sua posição como líder na Câmara, Rocha Loures afirmou que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pode estar se preparando para entrar em cena, onde atualmente Requião reina sozinho.

Rocha Loures disse que o primeiro sintoma da construção dessa pré-candidatura será visto na próxima segunda-feira (12), no Rio de Janeiro, onde o governador fluminense ocupará um lugar de honra ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no lançamento da ?Política de Desenvolvimento Produtivo? na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). ?Tem senadores interessados e outros governadores. Um deles é o Sérgio Cabral. Esse lançamento da política industrial em que ele vai aparecer com o presidente Lula é equivalente ao do PAC (Programa de Aceleração Econômica?, disse o deputado paranaense.

Mas o surgimento no PMDB de novos nomes para a sucessão presidencial será um processo demorado, disse. ?No momento, o governador está favorecido porque não há um outro nome lançado. Então, ele não precisa esgrimir argumentos, por enquanto?, comentou Rocha Loures, comparando a situação peemedebista com o panorama no PSDB, onde desde já o governador paulista José Serra e o governador mineiro Aécio Neves estão articulando seus interesses eleitorais. ?A briga entre eles é fruto de uma movimentação obrigatória, já que, ali, há de fato, dois nomes postos?, analisou.

Para Rocha Loures, no PMDB o processo será mais arrastado porque o partido faz parte da coalizão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde o ambiente não recomenda debates mais intensos sobre a sucessão. ?Ninguém vai se arriscar a um debate antes da hora entre os aliados. O presidente Lula está forte. Então, os pré-candidatos estão quietos?, comentou o peemedebista. E emendou: ?Se o presidente estivesse fraco, os postulantes já estariam todos viajando pelo Brasil em campanha?.

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Essa prudência se reflete no PMDB, disse o vice-líder do PMDB na Câmara. ?É por isso que, neste momento, não há um movimento forte pró ou contra o governador Requião e a nenhuma outra candidatura?, observou o deputado. Ele comentou que o desdobramento desse processo dependerá muito do resultado das eleições municipais, em que algumas lideranças podem sair fortalecidas e outras mais frágeis. ?Estamos na ante-sala das eleições municipais. Então, estão sendo dadas as cartas para o jogo municipal. A questão da presidência da República não será discutida em profundidade?, concluiu.