O vice-governador reeleito, Orlando Pessuti, e o ex-secretário do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, são os mais prováveis candidatos à presidência estadual do PMDB, na convenção marcada para o dia 17 de dezembro. O presidente estadual do partido, Dobrandino da Silva, consultou os dois peemedebistas. Pessuti e Adur respondem nos próximos dias se aceitam o convite. Um deles irá disputar o comando estadual do PMDB, após um consenso interno.
A eleição do novo presidente do partido ocupou uma boa parte das discussões realizadas ontem, durante uma reunião entre a executiva estadual e a bancada de deputados estaduais e federais e os novos parlamentares eleitos em outubro. A disputa da presidência da Assembléia Legislativa acabou ficando em segundo plano. A eleição da mesa executiva será em fevereiro. A presidência do PMDB terá que ser eleita em um mês.
Pessuti é o nome preferido de boa parte da atual executiva. Seu perfil conciliador agrada também ao atual presidente do partido. Mas antes de responder terá que desistir oficialmente da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas para depois se dedicar à sucessão no partido. Apesar de o estatuto do PMDB vetar a eleição de integrantes do Executivo para cargos de direção, Pessuti está liberado para ocupar o cargo. Dobrandino explicou que vice-governador não é um cargo, mas apenas a expectativa de uma função e que Pessuti ficaria inelegível para a direção do partido apenas se assumisse uma secretaria de Estado.
A vantagem da eleição de Pessuti seria o tempo que ele poderia dedicar à construção partidária, disse Dobrandino. ?O Pessuti é o mais conciliador de todos. O Adur também tem esse perfil. Vamos ver como é que fica. O importante é que temos muitos bons nomes para cuidar do partido?, afirmou.
Além de Pessuti e Adur, também já apresentou sua pré-candidatura o atual presidente da Juventude do PMDB, João Arruda. Outro nome citado por Dobrandino foi o do secretário dos Transportes e deputado estadual eleito, Waldyr Pugliesi, que pode ser uma alternativa se as duas primeiras opções recusarem o convite para assumir o comando do partido.
Alguns peemedebistas acham que detentores de mandato e ocupantes de cargos no governo não devem chegar à presidência. Dobrandino disse, entretanto, que o critério ainda não foi aprovado e que discorda da exigência. Na próxima semana, a executiva se reúne novamente para começar a montar a chapa para o diretório.
O PMDB está preocupado em escolher um nome que possa reestruturar o partido para as eleições municipais do próximo ano. A análise interna é que o partido está debilitado nas médias e grandes cidades do estado. Coincidentemente, onde o governador Roberto Requião (PMDB) teve desempenho eleitoral frágil na eleição do segundo turno, observou Dobrandino.
Mesa
Ao contrário das primeiras rodadas de conversas, em que os peemedebistas demonstraram pressa em definir o nome que irá disputar a presidência do Legislativo, agora o ritmo é outro. O presidente do PMDB afirmou que o assunto precisa ser amadurecido internamente, antes de se chegar a um consenso sobre o nome mais indicado para concorrer.
Na reunião de ontem, no diretório estadual, a avaliação foi que o candidato do partido ao comando da Assembléia Legislativa deve ser aquele que conseguir atrair mais votos entre as bancadas das demais siglas com representação em plenário.