O projeto do PMDB de reconquistar terreno no Estado de São Paulo nas eleições municipais de 2012 vai montar sua principal trincheira no eixo Campinas-Sorocaba, que soma quase 2 milhões de eleitores. São regiões emblemáticas para o partido: Campinas foi berço do quercismo e Sorocaba, um dos primeiros grandes redutos do antigo MDB.
A mobilização já está em marcha. “Vamos ter candidatura própria, conforme a orientação do PMDB estadual e nacional”, garantiu o presidente do PMDB campineiro, Arnaldo Salvetti, para quem a cidade é a mais importante do ponto de vista eleitoral depois de São Paulo. Entre os nomes cotados para a disputa estão o professor Eduardo Coelho, o ex-vice-prefeito Carlos Cruz, a advogada Tereza Doro e o vereador Dário Saadi. O ex-secretário de Habitação e da Fazenda de São Paulo José Machado de Campos Filho também se filiou ao PMDB campineiro.
Paulista do interior e líder nacional da sigla, o vice-presidente Michel Temer entregou a articulação política do partido a lideranças regionais afinadas com as metas do que chama de “novo PMDB”. Entre os líderes que emergiram após a morte de Orestes Quércia está o presidente estadual Baleia Rossi, filho do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Sob a orientação de Temer, ele tem se dedicado a garimpar nomes para a disputa de 2012.
“Teremos candidatos a prefeito ou vice na maioria das cidades”, disse. Segundo ele, o partido detém 70 prefeituras, mas está presente nos 645 municípios paulistas. “Temos um plano que começa com a conquista de pelo menos 100 prefeituras em 2012, o que nos dará força para ganhar o governo do Estado em 2014.”
Para mudar a cara do PMDB paulista, Rossi teve aval para intervir em 14 Executivas municipais. Com a justificativa de “arejar e dinamizar” a sigla, antigos diretórios foram dissolvidos e novas lideranças foram nomeadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.