PMDB e PPS tentam definição para 2010

Duas legendas que terão papel importante na sucessão estadual do ano que vem têm reunião de seu diretório estadual hoje. O PMDB se reúne no Jockey Clube para deixar clara a proposta de candidatura própria do vice-governador Orlando Pessuti, enquanto o PPS faz seu encontro no Hotel Caravelle, no centro de Curitiba, na esperança de manter unida a aliança com o PSDB e o PDT, mas também deve decidir de que lado ficará caso se confirme a tendência de rompimento do grupo, com o PSDB lançando candidato próprio para enfrentar Osmar Dias (PDT).

Com a presença do governador Roberto Requião (PMDB), do vice e pré-candidato do partido ao governo, Orlando Pessuti, do diretório estadual do partido, de dirigentes nacionais e de prefeitos e vice-prefeitos da legenda, o PMDB reúne-se para definir as atividades de preparação de campanha.

“O trabalho de consolidação em todas as regiões do nome do vice-governador Orlando Pessuti como candidato do PMDB a governo do Estado também será definido no encontro”, diz texto do convite encaminhado aos filiados.

Agência Senado
Osmar: com Beto ou sem Beto?

O novo encontro para consolidar o nome de Pessuti ocorre justamente no final de semana que antecede a visita do presidente Lula ao Paraná que, além da agenda oficial, prevê uma conversa com o governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) no sentido de tentar manter, no Paraná, todos os partidos que fazem parte da base do governo federal juntos no mesmo palanque.

No Hotel Caravelle, o PPS do Paraná realiza seu V Congresso Estadual. Mas, muito além de eleger seu novo diretório estadual e os delegados do partido para o Congresso Nacional da Legenda, os filiados irão debater a situação do PPS na definição das alianças para 2010.

Com a presença do presidente nacional do partido, Roberto Freire, a direção do PPS pretende analisar a possibilidade de manter unido o grupo formado no ano passado que contribuiu para a reeleição de Beto Richa (PSDB) à Prefeitura de Curitiba, como PPS, PSDB, PDT, DEM e PSB, além de outros aliados.

Mas, diante da iminente disputa entre PSDB e PDT, a direção do partido deverá ser cobrada sobre que posição tomará no caso do rompimento da aliança. Na tentativa de manter o grupo unido, o PPS até convidou Beto e Osmar para o encontro. Porém, enquanto a agenda do prefeito da capital prevê a visita ao PPS, o senador não poderá participar do evento, pois só virá para o Paraná na segunda-feira.

Maurilio Cheli/SMCS
Beto Richa: vai ou não vai?

Enquanto nacionalmente o PPS mantém um bloco de oposição ao governo Lula ao lado de PSDB e DEM o que, num primeiro momento o afastaria do PDT no caso de rompimento, do outro lado, membros do partido lembram que na construção da aliança no ano passado, ficou definido o apoio a Osmar Dias e que uma mudança de posição, agora, podia ser mal interpretada.

No encontro do PDT em Paranaguá, há duas semanas, o deputado Marcelo Rangel (PPS) declarou apoio a Osmar, mas a direção do partido ainda não se manifestou sobre o assunto. Manifestação que é aguardada para o congresso de hoje.