Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Borba: sob pressão. continua após a publicidade |
A direção estadual do PMDB anunciou ontem que irá ingressar no Tribunal Regional Eleitoral com um pedido de impugnação da candidatura do ex-deputado José Borba, que renunciou ao mandato para escapar do processo de cassação na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, onde era um dos denunciados por envolvimento no chamado esquema do mensalão do Congresso Nacional. O prazo para a apresentação do pedido de impugnação de candidaturas vence amanhã, às 19 horas. O pedido foi o instrumento que restou ao PMDB do Paraná para impedir Borba de concorrer depois que a 2.ª Vara Civel da Justiça Federal do Distrito Federal indeferiu uma ação do partido contra a candidatura do ex-deputado.
O PMDB paranaense alega que Borba apresentou um pedido de registro irregular no Tribunal Regional Eleitoral, já que seu nome tinha sido rejeitado na convenção do partido. Segundo o PMDB paranaense, o ex-deputado não manifestou interesse em concorrer. Conforme a direção estadual, Borba era delegado com direito a voto na convenção e, embora convocado, não veio a Curitiba para manifestar sua posição.
Um dos argumentos do diretório do PMDB é que o pedido individual de candidatura, apresentado por Borba, não é válido. As razões do PMDB para barrar a candidatura de Borba foram repassadas ao Tribunal Regional Eleitoral como uma manifestação do partido junto ao juiz eleitoral que está cuidando do caso do registro de Borba. O documento, alega o PMDB, teria que ser assinado por um representante da executiva estadual. Mas o ex-deputado teve seu pedido avalizado pelo líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, deputado federal Wilson Santiago.
O PMDB estadual contesta as credenciais de Santiago para assinar o pedido.
Conforme a manifestação feita pelo PMDB ao juiz eleitoral João Pedro Gebran Neto, o deputado federal Wilson Santiago não é presidente e nem exercia interinamente o cargo quando amparou o pedido de Borba.