O vice-governador Orlando Pessuti disse que sempre defendeu a candidatura própria do PMDB à presidência da República, mas se considera “realista” e acha muito difícil impedir o apoio do partido à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Para Pessuti, um acordo entre PMDB e PT nacionalmente teria um efeito positivo nas negociações locais entre os dois partidos. O vice-governador acha que uma aliança para a sucessão presidencial aproximaria petistas do palanque da sua candidatura ao governo no Estado.
Por enquanto, o PT tem se recusado a discutir a possibilidade de apoio a Pessuti e se mostra mais interessado numa aliança com o senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo.
Mas uma composição nacional poderia alterar esta tendência, acredita o vice-governador. “Com uma aliança no plano nacional, acho que fica mais fácil conversar aqui”, disse Pessuti.
Ele anunciou que, ainda esta semana, pretende procurar a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, para retomar as negociações. “Quero trocar ideias”, desconversou Pessuti, que voltou a dizer que uma aliança entre PMDB, PT e PDT é possível no Paraná, desde que o senador Osmar Dias concorde em desistir de sua candidatura ao governo e concorra à reeleição para o Senado.
“Ele pode ocupar várias posições. Pode ser candidato ao Senado novamente, a vice-governador, a deputado federal e a deputado estadual. Eu, se assumir o governo em abril, só posso ser candidato ao governo”, disse o peemedebista.
Há uma condição que Pessuti rejeita: dividir o apoio do presidente Lula e de sua candidata com o senador Osmar Dias. “Meu palanque terá quem apoiar o Pessuti. Esse negócio de palanque duplo não é bom para ninguém. Cada um tem que ter o seu time”, afirmou o vice-governador.