A cúpula do PMDB anunciará na próxima semana que vai apoiar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), à Presidência em 2010. Para fechar a aliança, o partido exigiu não apenas a vaga de vice na chapa – já oferecida há tempos pelo PT – como mais poder em caso de uma nova gestão petista à frente do Planalto. Até agora, o nome mais cotado para vice de Dilma é o do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
O “noivado” entre o PT e o PMDB será formalizado em reunião de dirigentes dos dois partidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, no dia 21 ou 22. Até a noite de ontem, a data ainda dependia da agenda presidencial. Porém, o casamento de papel passado só ocorrerá em junho de 2010, após as convenções. “Nós vamos firmar um pré-compromisso com o PT, deixando claro que estaremos juntos em 2010 e a vaga de vice será do PMDB”, afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da legenda na Câmara.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), disse que os problemas regionais entre os dois partidos para a formação de palanques não impedirão a coligação nacional. “Há Estados onde o PT e PMDB não se bicam, mas isso não atrapalha a aliança”, afirmou. “Já dissemos várias vezes ao PMDB que estamos dispostos a estabelecer uma parceria estratégica para governar o Brasil.”