PMDB: descontentes fazem último apelo

Os vereadores e deputados estaduais e federais do PMDB, com domicílio em Curitiba vão propor ao governador Roberto Requião a nomeação de uma comissão executiva provisória para o diretório municipal do partido, em substituição à atual, comandada por Doático Santos. A fórmula foi aprovada em uma reunião realizada ontem pelo grupo, que estava dividido entre pedir a dissolução do diretório ou apresentar uma solução intermediária, que permitisse um desfecho menos traumático ao impasse.

 Prevaleceu a tentativa de acordo que será costurado hoje pelo deputado estadual Rafael Greca, nomeado porta-voz dos insatifeitos com o atual diretório, e o governador Roberto Requião (PMDB), durante almoço na Granja do Canguiri. Caso não funcione, os três vereadores do partido em Curitiba – Paulo Salamuni, Luiz Felipe Braga Cortes e Stephanes Junior – pretendem pedir ao diretório estadual a intervenção no municipal. O prazo para apresentar o pedido termina na próxima segunda-feira, dia 28.

Greca afirmou que a idéia é constituir uma comissão que possa organizar o partido até a convenção municipal, agendada para outubro. Segundo Greca, há um consenso de que o partido não pode esperar até outubro, justamente quando vence o prazo de filição partidária para os candidatos às eleições do próximo ano, para começar a montar a chapa para Assembléia Legislativa e Câmara Federal. "Há uma apreensão dos deputados com o futuro do partido e também com seu próprio futuro", justificou.

Segundo Greca, o PMDB de Curitiba precisa começar a trabalhar desde já para estruturar uma chapa com cerca de vinte e cinco nomes fortes para disputar a Câmara Federal e Assembléia Legislativa. "Nós precisamos de nomes expressivos, capazes de alavancar a candidatura à reeleição do governador e do candidato ao Senado", disse. Greca disse que Doático deve participar da comissão provisória. "Essa mudança não é uma tese contra o Doático, mas a favor do partido. Acho que não deve haver intervenção, mas também não pode ficar no imobilismo que está", comentou.

Para o vereador Paulo Salamuni, a intervenção era a melhor saída. "Nós precisamos ter segurança partidária. Hoje, o PMDB não oferece isso. Se fosse uma decisão pessoal, eu não tenho dúvidas sobre a necessidade do pedido de intervenção. Mas vou acompanhar a maioria nesta solução intermediária", disse Salamuni.

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