Separação

PMDB debaterá rompimento com governo em congresso

Um dos principais aliados do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco afirmou, há pouco, que não descarta um eventual rompimento do partido com o governo no congresso nacional da agremiação, marcado para o dia 15 de novembro.

“Evidentemente que todo congresso é um cenário de muita liberdade, tendo em vista que dentro do partido há pessoas que são favoráveis à coligação ou não. Esse tipo de conflito é muito saudável para ser discutido”, afirmou Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães.

O ex-ministro disse que o fim da aliança não está na pauta, mas destacou que os militantes vão querer discutir o assunto no encontro que marca os 50 anos do partido. Oficialmente, segundo ele, o partido se reunirá para discutir seu programa econômico, que tem sido tocado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), e a modernização do seu estatuto a fim de torná-lo mais “democrático.

Questionado se a anunciada saída de Temer da articulação política e a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor de um rompimento imediato, poderia acelerar a saída do PMDB do governo, Franco esquivou-se de uma resposta conclusiva.

“Essa crise, ela tem uma característica que difere das outras que é a velocidade dos fatos. Não sei se eles (os fatos) resistem até o Congresso. Quando vai resolver? Não sei”, opinou. “Se eu soubesse (o que iria ocorrer), estaria ganhando dinheiro”, brincou.

Delação – Moreira Franco também saiu em defesa de Temer, que foi citado em delação premiada do lobista Júlio Camargo, em matéria publicada pelo Estado. Segundo o delator, outro lobista, o Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria Temer, Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Para o ex-ministro, que conversou mais cedo com o vice, a nota é “muito clara”. Na manifestação, Temer disse que não conhece Júlio Camargo nem Fernando Soares e contesta as informações dadas pelo delator, classificando-as como “inteiramente falsas”.

“Isso é absolutamente fantasioso e mentiroso”, criticou Franco. Questionado se isso não poderia levar a um pedido de anulação da delação, ele disse que não saberia dizer, porque não é advogado.

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