Foto: Átila Alberti/O Estado

 Doático Santos: "Foi feita uma somatória, agregando lideranças".

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O prazo para a inscrição de chapas do diretório do PMDB de Curitiba terminou com chapa única de consenso, sendo registrada na reunião do partido, no Hotel Caravelle, e reconduzindo para mais dois anos o atual presidente, Doático Santos. Nos últimos dias havia rumores de que as lideranças do diretório municipal e do conselho político fossem mudar, com setores do partido cogitando nomes como o do secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira. As discussões internas, porém, segundo Santos, levaram ao entendimento dos integrantes do partido na capital, formando a Chapa ?Requião 2006?, que tem entre seus membros o governador Roberto Requião, o ex-governador Paulo Pimentel, deputados, vereadores e militantes.

Para Santos, a composição consegue ser plena, diante da diversidade que o PMDB representa. ?Foi feita uma somatória, agregando lideranças, parlamentares e militantes. O PMDB é um partido popular.? A eleição está marcada para a convenção municipal no Clube Literário do Portão, que será realizada no próximo domingo, dia 27, pela manhã.

Como o nome da chapa sugere, o trabalho fundamental do próximo diretório estará relacionado à reeleição do governador Roberto Requião. ?Estamos preparando nossos quadros para essa luta. O diretório cumpre a função de formação política de base e de participação popular?, afirmou.

Segundo o secretário-geral do partido, Altino Loureiro, que também será reconduzido, a chapa foi formada com o objetivo de manter a ação política que vem sendo realizada na cidade. ?O grupo que compõe a chapa possui a mesma identidade, a mesma origem. Estamos conscientes de que a grande figura do partido é o Requião?, disse. Para ele, com o consenso do partido, o diretório estará preparado para as eleições de 2006. Loureiro lembrou que o trabalho realizado pelo diretório na última eleição deu ao partido a vitória no primeiro e no segundo turno em Curitiba.

Conciliações

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No final de fevereiro deste ano, deputados e vereadores descontentes com a diretoria do PMDB em Curitiba chegaram a pedir a sua dissolução. A ala que defendia candidatura própria nas eleições de 2004 para a Prefeitura queria que Doático deixasse o partido. A tensão ocorreu porque a maioria dos peemedebistas em Curitiba havia decidido apoiar o deputado estadual Ângelo Vanhoni (PT) para as eleições municipais, contrariando os que desejavam um candidato do PMDB.

O presidente estadual do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, divulgou, na época, nota informando que Doático havia deixado a presidência municipal do partido. Doático negou sua saída e afirmou que deixaria a direção do partido em Curitiba, caso Requião desejasse. Mas isso não ocorreu.

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A saída encontrada pelo PMDB foi a constituição de um ?conselho político?, que vem atuando desde então, com a função, segundo Doático, de desenvolver uma estratégia geral para a cidade.