Enquanto o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, abria seu congresso em Brasília com falas de rompimento com o governo e com apelos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, destacava o papel “fundamental” do partido e de Temer para a construção da governabilidade. E mais, para o ministro, o PMDB tem dado mostras diárias desse apoio.

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“O PMDB é um partido fundamental na coalizão do governo da presidenta Dilma, tem sido um partido estratégico na condução da governabilidade”, disse ao deixar evento promovido pelo Lide, Grupo de Líderes Empresarias. O ministro disse não ver “de forma alguma” sinais de distanciamento do PMDB. “Ontem quem conduziu a reunião de articulação política foi o vice-presidente Michel Temer”, argumentou. “Todo dia o PMDB tem dado mostras do seu compromisso com a governabilidade.”

Edinho minimizou a realização do congresso do PMDB, com tom crítico crescente ao PT e ao governo Dilma. “É natural que partidos façam encontros, debates, que reformulem seus programas, seus projetos. No meu entender, isso é natural na vida partidária”, afirmou.

“Quando você constrói uma coalizão, constrói em cima de proposta de governo. Os partidos não têm que ter a mesma concepção, o mesmo programa, seria um equívoco”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre o documento “Ponte para o Futuro”, que embasa o encontro do PMDB. O documento traz críticas à condução da economia e sugestões polêmicas às quais o PT foi sempre contrário, como a flexibilização de leis trabalhistas.

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Edinho destacou ainda que o PMDB está na coalizão do governo atual, mas que nada o impede de discutir candidatura própria em 2018. “A aliança do PMDB com o governo da presidenta Dilma é do governo em andamento. Em 2018, debates vão acontecer, no ano eleitoral, isso não é preocupação para o governo.”

Impeachment

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Edinho repetiu a argumentação do governo de que o País é democrático e não deve permitir rupturas institucionais. “Impeachment só se justifica quando você tem alguma irregularidade jurídica constatada”, defendeu.

O ministro afirmou ainda que pressões pelo afastamento da presidente não ajudam o País em um momento de crise. “Um País que se diz democrático não supera crises políticas com ruptura institucional, isso não existe.”