Devagar, e nem tão silenciosamente, o PMDB vem ocupando os cargos importantes dos ministérios que passou a administrar, chegando perto do sonho que embala o partido desde que passou a compor a base aliada – a ?porteira fechada?. Pelo menos na cúpula dos ministérios, o PMDB não divide o butim dos cargos, rompendo assim com uma velha prática instituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que distribuía as principais diretorias dos ministérios entre os aliados, em especial com os petistas, gerando reclamações diante de um clima em que todo mundo se vigiava.
Hoje, o PMDB controla de fato quatro ministérios. Tem ainda o da Defesa, que pouco serve ao partido, visto que passa o tempo todo envolvido com problemas em aeroportos. E não perdeu a esperança de recuperar o de Minas e Energia e suas estatais fabulosas – Eletrobrás, Eletronorte e Eletrosul -, que vão investir R$ 50 bilhões no ano que vem. Não pára por aí a fome do maior partido da base governista. Ele quer mais.
Durante a votação da CPMF na Câmara, em setembro, o PMDB de Minas Gerais arrancou do presidente Lula a promessa de que terá a diretoria internacional da Petrobrás. O nome indicado foi o de João Augusto Henriques, que acabou vetado pelo Palácio do Planalto. Sem problema: o do substituto estava à mão. É Jorge Luiz Zelada, atual gerente-geral de Exploração e Produção e Transportes Marítimos da Petrobrás.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo