O PMDB de Curitiba está buscando um consenso para formar a nova direção do partido que será eleita na convenção convocada para o próximo dia 27. A determinação para que a escolha seja feita em harmonia foi do governador Roberto Requião, que não quer ver as disputas internas do seu partido em Curitiba atrapalhando o projeto de sua reeleição em 2006, quando nada pode dar errado no principal colégio eleitoral do .
No próximo sábado, dia 19, o conselho político municipal se reúne no Hotel Caravelle para compor a chapa que será votada na convenção e fechar o nome do presidente, que será o responsável pelas articulações da campanha de Requião em Curitiba no próximo ano. Por enquanto, não há um nome que seja aprovado por todos. Entre os citados estão os deputados estaduais Rafael Greca, Alexandre Curi, o presidente da Cohapar, Luiz Claudio Romanelli, o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, e o atual presidente do partido, Doático Santos.
O presidente estadual do partido, deputado Dobrandino dos Santos, faz uma avaliação severa do PMDB de Curitiba e defende a renovação completa da direção. "O partido está retraído na capital, sem ação. A derrota na eleição para a Prefeitura contribuiu para esse marasmo. Em Curitiba, o partido tem que ser a locomotiva da campanha. Tem que se mobilizar", disse Dobrandino.
Se depender do presidente estadual, Doático e Curi já estão descartados como futuros presidentes. "O Doático não teve um bom desempenho. O partido foi mal neste período", afirmou o presidente estadual, referindo-se ao acordo PT-PMDB para a eleição de 2002 em Curitiba, quando o partido rachou. Dobrandino defendia candidatura própria à sucessão de Cassio Taniguchi (PFL) e atribui a derrota para Beto Richa (PSDB) ao acordo do seu partido com o PT.
O atual presidente do Conselho Político também não serve para comandar o partido, disse Dobrandino. "O Alexandre é meu amigo, mas não fez nada até o momento", criticou o dirigente estadual, citando que o Conselho Político, criado para impulsionar a ação partidária na capital, não cumpriu seu objetivo.
Doático afirmou que não pensa em apresentar sua candidatura à reeleição, mas que a decisão depende do grupo. "Sou um soldado. Se me pedirem eu vou, mas não tenho interesse pessoal. O importante é que façamos a integração do partido, com todos os novos peemedebistas e montemos uma chapa de consenso". Nesta chapa, assinalou, devem estar representadas as novas forças como a do deputado federal André Zacharow, e os deputados estaduais César Seleme, Mauro Moraes e Geraldo Cartário, que entraram há dois meses no PMDB.
Ontem, o diretório municipal do PMDB se reuniu no Hotel Rayon, em Curitiba, para prestar uma homenagem a Requião que está completando vinte anos de ação política no Paraná. Com fotografias, vídeos e objetos, o partido promove a exposição Vinte Anos com Requião, que mostra a atuação do governador desde a época em que foi deputado estadual, passando pela Prefeitura, primeiro mandato como governo do Estado, senado federal e novamente governo estadual.
