Para não provocar a ira do grupo que quer o fim da coligação entre PMDB e PSDB, a ala pró-Requião está planejando uma entrada discreta e gradual do prefeito de Curitiba, Beto Richa, na campanha. Amanhã, 20, Beto vai almoçar com o governador Roberto Requião no Palácio Iguaçu e depois saem para uma inspeção conjunta a obras realizadas com recursos do governo estadual e da prefeitura.
A estratégia seria inserir o prefeito na campanha aos poucos, com a realização de atos que expressem a parceria entre prefeitura e governo. Desta forma, estaria garantida a vinculação entre o governador e o prefeito curitibano. O vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, já declarou seu apoio à aliança e nos próximos dias irá se incorporar oficialmente à campanha, segundo informaram os peemedebistas. Beto ainda não se posicionou formalmente sobre o impasse entre tucanos e peemedebistas.
O Estado não conseguiu ouvir Beto ontem – ele estava em Brasília e retorna hoje. Segundo a prefeitura, a agenda com o governador não está confirmada e se for realizada, trata-se de um compromisso puramente administrativo. Antes da volta, Beto se encontra com o candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, durante a inauguração do comitê do tucano em Brasília. Beto ainda não foi oficializado na coordenação de campanha de Alckmin.
Em frente
O TRE ainda não marcou a data do julgamento da ação de impugnação apresentada pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, contra a aliança. A previsão é que a decisão seja tomada na próxima semana. Hoje, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB), acompanha o governador numa viagem a Cascavel. Brandão foi indicado candidato a vice-governador na chapa de Requião.
